Uma das vítimas teve prejuízo de R$ 100 mil. Ação policial ocorre em Taguatinga e no Recanto das Emas, nesta sexta-feira (30).
Por Mara Puljiz, G1 DF
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News
Golpista se passa por funcionário de banco e induz vítima a passare senha e entregar cartão bancário no DF — Foto: Polícia Civil / Reprodução
Policiais da 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) fazem, na manhã desta sexta-feira (30), uma operação para cumprir dois mandados de busca e apreensão em Taguatinga e no Recanto das Emas, no Distrito Federal. Os alvos são dois suspeitos de aplicar o chamado “golpe do motoboy” em pelo menos seis pessoas, a maioria idosos. Uma das vítimas teve prejuízo de R$ 100 mil.
“Essa organização criminosa tem base em outros estados da federação, onde existe uma central telefônica que faz ligações para clientes de bancos de diversos locais. O golpista liga para as pessoas, a maioria idosos, se passando pela central do banco e informando que houve uma compra no cartão de crédito e que essa compra teria sido fraudulenta”, conta o delegado Thiago Boeing.
Suspeito de aplicar “golpe do motoboy” no DF — Foto: PCDF /Reprodução
Segundo o delegado, os estelionatários conseguem que as vítimas passem a senha do cartão, por telefone. “A vítima é orientada a entrar em contato com a falsa central do banco. Essa central tem capacidade de reter a ligação da vítima. Eles capturam as senhas e informam que um motoboy vai buscar o cartão, na casa da pessoa, para realizar uma perícia”, diz o delegado.
Conforme a investigação, depois que as vítimas entregam o cartão, ele é usado para fazer saques e operações financeiras. “Em sete casos investigados pela 23ª DP, os suspeitos eram os mesmos”, afirma a polícia.
Suspeito de aplicar golpe do motoboy no DF — Foto: PCDF / Reprodução
Os investigadores tentam identificar os suspeitos, mas pedem que quem tiver informações sobre os golpistas denuncie pelo número 197, disque denúncia da Polícia Civil.
“Eles fazem parte do núcleo de aliciamento de terceiros para recebimento de dinheiro proveniente das fraudes”, diz o delegado Thiago Boeing.