Lázaro planejou fuga com parceiros de cela no presídio de Águas Lindas (GO), mas foi o único que saiu a tempo pelo buraco feito no teto
atualizado 16/06/2021 15:21
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News
Lázaro foi preso no dia 8 de março de 2018, por suspeita de assassinatos ocorridos na Bahia – ele é natural de Barra do Mendes (BA) –, além de estupro, roubo e porte ilegal de armas no DF. Ele tinha, na época, três mandados de prisão em aberto. A ausência dele entre os presos do presídio de Águas Lindas só foi sentida, no momento de recontagem dos detentos, após a ação policial no local. Mas, a essa altura, ele já estava longe.
Altas horas
A fuga ocorreu na madrugada, por volta das 2h, do dia 23/7/2018, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP). Desde então, ele conseguiu ficar longe do alcance da polícia e seguiu cometendo crimes na região do Entorno e em no DF, até a chacina que vitimou pai, mãe e dois filhos na região do Incra 9, em Ceilândia, na madrugada de quarta (9/6).
Procedimento interno
No período em que esteve preso, Lázaro não se envolveu em outros incidentes internos na prisão. A fuga foi a única ação desenvolvida por ele que contrariou as regras do presídio. Um procedimentos administrativo disciplinar (PAD) chegou a ser instaurado para apurar as circunstâncias do ocorrido.
Aqueles que seriam os parceiros de Lázaro na fuga, no entanto, fizeram uso do direito de permanecerem em silêncio, quando foram chamados para depor no âmbito da investigação interna.
“A sindicância concluiu que os presos praticaram conduta infracional, em desacordo com a Lei de Execução Penal e crime de dano ao patrimônio”, informa o DGAP. O relatório final foi encaminhado à Vara de Execução Penal, com indicativo de homologação da prática de falta grave em desfavor dos detentos.
Hoje, segundo o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Lázaro possui ainda três ordens de prisão em aberto contra ele. Uma é de abril de 2018, da Vara Criminal de Barra do Mendes (BA), e as outras duas, uma de abril de 2016 e outra de outubro de 2010, são da Vara de Execuções Penais do DF.