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Flagrado com arma, Agnelo é conduzido à delegacia para esclarecimentos

Flagrado com arma, Agnelo é conduzido à delegacia para esclarecimentos

A investigação deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios tem como alvo a compra de leitos hospitalares

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

ATUALIZADO 23/07/2020 8:47

Alvo da Operação Alto Escalão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o ex-governador Agnelo Queiroz(PT) foi conduzido, na manhã desta quinta-feira (23/7), à sede da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), ao lado do Departamento de Polícia Especializada (DPE), para prestar esclarecimentos sobre uma arma encontrada em sua casa, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. O político estava sem o registro do armamento.

A investigação deflagrada pelos promotores investiga irregularidades na compra de leitos hospitalares, em 2014. Além da arma achada na casa do ex-governador, também foi encontrada uma mala recheada de dinheiro, com cédulas de real e de dólar. A quantia estava com Adriana Aparecida Zanini, vice-presidente do Instituto Brasília Para o Bem-Estar do Servidor Público (Ibesp). A entidade faria parte do esquema de corrupção que é investigado pelo MP.

O ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa e o presidente da Ibesp, Luiz Carlos do Carmo, também estão entre os alvos. As supostas propinas teriam sido pago na gestão do petista. A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). São cumpridos, ao todo, 13 mandados de busca e apreensão.

Segundo apurado pelos promotores, para que o negócio fosse adiante, o dono da empresa Hospimetal pagou R$ 462 mil a agentes que atuariam em nome de ex-ocupantes de cargos do alto escalão do Governo do Distrito Federal. O valor equivale a 10% do montante total do contrato.

A vantagem indevida teria sido desembolsada por meio de um contrato fictício de publicidade e marketing firmado entre a empresa que pretendia vender seus produtos à Secretaria de Saúde do DF e o Ibesp.

Em razão desse pagamento, a empresa foi contratada pela Secretaria de Saúde em 2014. O esquema ilícito havia sido desmantelado pelo Gaeco, que ofereceu denúncia contra servidores públicos e o proprietário da referida empresa.

Os novos fatos foram revelados em colaboração premiada e após a realização de investigações e diligências independentes, além de provas obtidas do processo original. A Operação conta com o apoio da Polícia Civil do DF.

Memória

A operação desta quinta-feira (23/07) é desdobramento de outra investigação do MPDFT, denominada de Operação Checkout. A primeira fase da operação foi deflagrada em junho de 2018, cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

À época, o Ministério Público investigou servidores da SES-DF e funcionários de empresas privadas envolvidos na possível fraude à licitação e corrupção na compra de macas, leitos de hospitais e outros tipos de mobiliários para unidades da rede pública.

A segunda fase, deflagrada em fevereiro de 2019, cumpriu diligências no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), no Guará e na cidade de São Caetano do Sul (SP), numa empresa de turismo.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News