Com tornozeleira eletrônica, réu na operação Falso Negativo é baleado durante tentativa de latrocínio no DF
Ramon Santana Lopes Azevedo levou tiro no quadril, foi levado ao hospital e se recupera em casa. No ano passado, ele chegou a ser preso na investigação que apura irregularidades na compra de testes rápidos para Covid-19.
Por Walder Galvão e Sthefanny Loredo, G1 DF e TV Globo
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News
Ramon Azevedo, réu na operação Falso Negativo, foi baleado em Samambaia, no DF — Foto: Arquivo pessoal
O ex-assessor especial da Secretaria de Saúde do Distrito Federal Ramon Santana Lopes Azevedo foi baleado, nesta terça-feira (27), durante uma tentativa de latrocínio em Samambaia. Ele é réu da operação Falso Negativo – que investiga fraudes na compra de testes rápidos para Covid-19 – e, por isso, cumpre medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica (veja mais abaixo).
À Polícia Civil, a namorada de Ramon contou que estava com ele dentro de um veículo, por volta das 14h, quando dois homens desconhecidos se aproximaram e a puxaram de dentro do automóvel. Em seguida, o namorado reagiu.
Segundo o relato da testemunha, Ramon deu um soco em um dos criminosos, que atirou contra ele. O disparo atingiu o quadril esquerdo da vítima, e os suspeitos fugiram do local. Até a última atualização desta reportagem, os suspeitos não haviam sido localizados pela polícia.
Fachada da 32ª Delegacia de Polícia, em Samambaia, no Distrito Federal, em imagem de — Foto: Google/Reprodução
Ramon foi levado pela namorada para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Os criminosos, segundo a Polícia Civil, queriam roubar o carro do casal, porém, fugiram sem o veículo.
O advogado de Ramon, Celivaldo Elói, informou que o cliente foi atendido no hospital, “passa bem e já está em casa”.
O crime foi registrado na 32ª Delegacia de Polícia, de Samambaia Sul, como tentativa de latrocínio – roubo seguido de morte. O delegado Fernando Celso da Silva disse que o caso está sob investigação.
Medidas cautelares
Ex-cúpula da Secretaria de Saúde do DF deixa presídio — Foto: TV Globo/Reprodução
Ramon foi preso em 25 de agosto no ano passado e permaneceu detido por quase três meses. Ele e outros cinco réus, inclusive o ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, deixaram o Complexo Penitenciário da Papuda em 17 de novembro.
Apesar de determinar a soltura dos réus, a Justiça ordenou que eles usem tornozeleira eletrônica por seis meses e fiquem apenas em um raio de 300 metros de casa e da sede do Tribunal de Justiça do DF. Também cumprem as seguintes medidas cautelares:
- Proibição de manter contato com demais investigados, com os funcionários da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e também com quaisquer prepostos, responsáveis ou contratados das empresas envolvidas nesta Operação Falso Negativo;
- Proibição de sair do Distrito Federal, salvo mediante autorização judicial e justificativa demonstrando a sua imprescindibilidade;
- Proibição de ingresso em quaisquer órgãos públicos do Distrito Federal sem prévia autorização judicial, salvo as unidades do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, em que oportunamente deverá comparecer quando isso vier a ser determinado.