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Escolas de samba do DF são inabilitadas para desfile no carnaval de 2020

Por Luiza Garonce, G1 DF

 


Escola de samba Acadêmicos da Asa Norte — Foto: Mariana Costa/UnB AgênciaEscola de samba Acadêmicos da Asa Norte — Foto: Mariana Costa/UnB Agência

Escola de samba Acadêmicos da Asa Norte — Foto: Mariana Costa/UnB Agência

A União das Escolas de Samba do Distrito Federal (Uniesb) foi considerada “inabilitada” para receber investimento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para o carnaval de 2020. O resultado final de mérito (entenda ao final) foi divulgado no dia 26 de dezembro e mantém a avaliação divulgada na etapa preliminar – quando ainda cabia recurso.

G1 questionou a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) se, mesmo assim, as escolas receberão algum aporte da pasta para participar do carnaval, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. A Uniesb não quis comentar.

Ala das baianas em uma das escolas de samba do DF no carnaval de 2011 — Foto: Divulgação/ Agência BrasíliaAla das baianas em uma das escolas de samba do DF no carnaval de 2011 — Foto: Divulgação/ Agência Brasília

Ala das baianas em uma das escolas de samba do DF no carnaval de 2011 — Foto: Divulgação/ Agência Brasília

ex-secretário Adão Cândido havia anunciado a liberação de R$ 1,2 milhão para a retomada do desfile das agremiações em 2020. O valor estava incluído no montante de R$ 5 milhões do edital do FAC destinado ao carnaval.

Etapas e projetos

Em princípio, a ideia da Secec era selecionar 67 projetos, entre blocos e plataformas carnavalescas. No resultado final de mérito – que avalia a importância cultural das propostas – 66 inscrições foram classificadas para a próxima etapa, da admissibilidade (entenda ao final).

Carnaval de rua de Brasília em 2019 — Foto: Secretaria de Cultura do DF/DivulgaçãoCarnaval de rua de Brasília em 2019 — Foto: Secretaria de Cultura do DF/Divulgação

Carnaval de rua de Brasília em 2019 — Foto: Secretaria de Cultura do DF/Divulgação

Segundo o edital, os proponentes “desconsiderados” ou “inabilitados” no mérito ficam excluídos do processo seletivo. Somente os classificados passarão pela análise dos documentos obrigatórios para a execução das atividades propostas.

Dos projetos não classificados, 12 foram considerados “inabilitados” por não atingirem o mínimo de 60 pontos, 21 ultrapassaram os 60, mas não obtiveram pontuação suficiente para serem aprovados, e 18 foram “desconsiderados”, por não cumprirem algum dos requisitos obrigatórios.

Blocos tradicionais

Bloco Galinho de Brasília de 2016 — Foto: Pedro Ventura/Agência BrasíliaBloco Galinho de Brasília de 2016 — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Bloco Galinho de Brasília de 2016 — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Entre os blocos da Liga Tradicional do DF, dois não obtiveram pontuação suficiente: Mamãe Taguá (com 64 pontos) e Àsé Dùdù (com 63 pontos). A festa de pré-carnaval da Liga também não passou para a etapa de admissibilidade. O projeto obteve 66 pontos.

No entanto, três blocos que não haviam sido classificados no resultado preliminar de mérito – o primeiro de todos – conseguiram pontuação necessária após a apresentação do recurso. Galinho, Raparigueiros e Baratinha foram contemplados no edital.

O que é a fase de ‘mérito cultural’?

Segundo o edital, entende-se por “análise de mérito cultural” a identificação, nos projetos culturais inscritos, de aspectos considerados relevantes. O objetivo desta etapa é “selecionar os melhores dentre os concorrentes, considerando os princípios e objetivos do Sistema de Arte e Cultura do DF”.

O que é a fase de ‘admissibilidade’?

Esta etapa observa, estritamente, o cumprimento dos requisitos formais e documentais previstos no edital. São analisados somente os projetos classificados na fase de mérito cultural, “considerando os critérios de distribuição e remanejamento dos recursos”.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News