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Clima do DF está seco que lembra o Deserto do Atacama no Chile, devastações de queimadas e florestas arrasadas

Por Brenda Ortiz e Walder Galvão, g1 DF

14.09.2022

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

No Aeroporto de Calama, região do deserto do Atacama, uma das áreas mais áridas e de menor umidade do planeta, os índices de umidade relativa do ar durante o sábado variaram entre 7% e 26% ao longo do dia

Incêndios em áreas de Cerrado no Distrito Federal consumiram mais de 5 mil hectares em nove diasNesta terça-feira (13), pelo menos três queimadas, em diferentes pontos, foram registradas pelo Corpo de Bombeiros.

Por causa das chamas, os militares, juntamente com brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão mobilizados. No Parque Nacional de Brasíliao combate aos focos de incêndio chegou ao nono dia nesta terça.

Incêndio no Parque Nacional de Brasília — Foto: Joelson Maia/ TV Globo

Incêndio no Parque Nacional de Brasília — Foto: Joelson Maia/ TV Globo

Na semana passada, o ICMBio chegou a informar que o fogo estava controlado. No entanto, os focos de incêndio ressurgiram (veja mais abaixo).

Foram destruídos 4.092,75 hectares, quase 10% da área do parque que tem 42.355,54 hectares. A reserva ambiental foi criada em novembro de 1961 para proteger os rios que abastecem o Distrito Federal de água potável. Além disso, a mata contribui para o equilíbrio do clima.

De acordo com o ICMBio, nesta segunda-feira (12), um novo incêndio, iniciado na região conhecida como Chapadinha, na região do Lago Oeste, alcançou os limites da área de proteção ambiental (APA) do Planalto Central e do Parque Nacional de Brasília.

Até o começo da noite o grupo ainda trabalhava no combate às chamas. O helicóptero do Corpo de Bombeiros e um avião ajudavam.

Ao todo, os incêndios consumiram:

  • 4.092,75 hectares do Parque Nacional de Brasília
  • 1.088,09 hectares da APA do Planalto Central

 

Fogo atinge vegetação no Parque Nacional de Brasília — Foto: Joelson Maia/ TV Globo

Fogo atinge vegetação no Parque Nacional de Brasília — Foto: Joelson Maia/ TV Globo

Fogo no Guará

 

Ainda nesta terça, o Corpo de Bombeiros combateu um incêndio florestal no Parque Ezechias Heringer, no Guará II, próximo ao Park Shopping. Segundo os militares, o trabalho durou 8 horas .

De acordo com os militares, a área é de mata de galeria, “que tem por característica ser muito fechada e com muita carga de material orgânico”. Além disso, o calor, o tempo seco e os ventos fortes contribuíram para a rápida propagação do incêndio (veja mais abaixo).

Os militares disseram que 345.253 metros quadrados foram consumidos. Segundo os bombeiros, o fogo foi extinto.

Calor e seca

 

Pôr do sol na Esplanada dos Ministérios, em Brasília — Foto: Zileide Silva/TV Globo

Pôr do sol na Esplanada dos Ministérios, em Brasília — Foto: Zileide Silva/TV Globo

Há três dias seguidos, o Distrito Federal registra recordes de temperatura. Além disso, a Brasília está em alerta vermelho para a baixa umidade, o que deixa um cenário propício para incêndios florestais.

De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros registraram 35°C na região da Ponte Alta do Gama, nesta terça. Além disso, a umidade ficou em 10% na mesma região – o ideal para o índice é 60%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Plano Piloto, os termômetros marcaram 33,9 °C e a umidade do ar chegou a 15% durante a tarde. Não chove há 129 dias no Distrito Federal e, a previsão, é que a chuva só chegue com a primavera, no fim de setembro.

Veja os índices de perigo:

  1. Alerta amarelo (potencial perigo): umidade entre 30% e 20% por cinco dias seguidos
  2. Alerta laranja (perigo): umidade fica abaixo de 20% por três dias consecutivos
  3. Alerta vermelho (grande perigo): umidade abaixo de 12% por 2 dias seguidos