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Secretaria de saúde do DF oferece tratamento para Andropausa, causa de mortes em homens

Secretaria de saúde do DF oferece tratamento para Andropausa, causa de mortes em homens

Guará DF, 29 de abril de 2024

Redação Guará News

Alexandre Torres

Também chamada de “menopausa masculina”, a andropausa é marcada pela diminuição nos níveis de testosterona e seus sinais podem ser aliviados com algumas mudanças na rotina. Os níveis de testosterona variam entre os homens. No geral, os mais velhos têm esse hormônio em menor quantidade quando comparado aos mais novos.

O hipogonadismo, conhecido como menopausa masculina, está associado a aumento do risco de morte em homens a partir dos 40 anos; Hran tem centro de referência em saúde do homem

A insuficiência de testosterona em homens mais velhos está associada ao aumento do risco de morte. A diminuição da produção de todo eixo hormonal masculino (principalmente de testosterona) é percebida, de um modo geral, a partir dos 40 anos, progredindo e intensificando com o passar da idade. O quadro é denominado de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (Daem) ou de hipogonadismo – popularmente conhecido como andropausa, a “menopausa masculina”.

O Ambulatório de Andrologia possui equipe composta por médicos andrologista e endocrinologista, nutricionista e profissionais de enfermagem | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde-DF

Com o intuito de promover a melhoria das condições de saúde e de reduzir a mortalidade, a população do Distrito Federal conta com um centro de referência em saúde do homem. Desde 2021 no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o Ambulatório de Andrologia é dedicado ao diagnóstico, ao tratamento e à prevenção de doenças associadas às funções reprodutivas e sexuais dos homens.

O serviço especializado é resultado de pesquisa científica iniciada em 2015, que investigou a situação de saúde de mais de 500 pacientes locais. Além da oferta de atendimento, o estudo também subsidiou a criação da Política Distrital de Atenção à Saúde do Homem (andrologia), instituída por meio da Lei nº 7.055, de janeiro de 2022.

Prevenção, diagnóstico e tratamento

“O homem normalmente não tem a cultura do autocuidado. Os sintomas vão se acumulando até não ser mais possível suportar”, alerta o coordenador do Ambulatório de Andrologia no Hran, Wellington Epaminondas

A medicina preventiva é a peça fundamental para evitar o desenvolvimento ou reduzir o impacto da Daem e das demais disfunções reprodutivas e sexuais masculinas. Por tratar-se de uma “doença silenciosa”, o hábito de submeter-se periodicamente a consultas médicas e exames de controle é a principal ação para o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento.

“O homem normalmente não tem a cultura do autocuidado. Os sintomas vão se acumulando até não ser mais possível suportar, quando já se encontra em um estado grave. Contribuir para a mudança da percepção do homem em relação à sua saúde foi o que serviu de estímulo para a criação do serviço”, explica o urologista Wellington Epaminondas, coordenador do Ambulatório de Andrologia no Hran.

Os pacientes chegam ao Centro de Referência em Saúde do Homem após o encaminhamento de um urologista ou endocrinologista dos hospitais regionais ou de um médico de Saúde da Família das unidades básicas de saúde (UBSs). A primeira consulta é feita via regulação central da Secretaria de Saúde (SES-DF) e os retornos são agendados diretamente na unidade de atendimento.

O ambulatório conta com equipe multidisciplinar, composta por médicos andrologista e endocrinologista, nutricionista e profissionais de enfermagem. A escolha do tratamento adequado depende de exames laboratoriais e terapêuticos, realizados na própria unidade. Quando há a necessidade clínica, a terapia de reposição de testosterona é administrada de forma gratuita aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

*Com informações da SES-DF

Por Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger