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Bolsonaro lamenta e se solidariza com morte de Maradona

Dia da amizade Brasil-Argentina

Ricardo Della Coletta, Julio Wiziack e Julia Chaib Brasília-DF

Na primeira reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta segunda (30), o presidente Jair Bolsonaro iniciou a conversa com condolências pela morte de Maradona, no último dia 25. O mandatário brasileiro ainda não havia se manifestado sobre o episódio. De acordo com relatos, Bolsonaro se solidarizou com o povo argentino e disse que o ex-jogador de futebol foi “um grande atleta” que marcou o esporte.

O encontro, que teve como pano de fundo a celebração do Dia da Amizade Argentino-Brasileira, foi realizado por videoconferência e durou cerca de 40 minutos. A data foi instituída em 1985, quando houve o encontro dos então presidentes José Sarney e Raúl Afonsín em Foz do Iguaçu (PR). Sarney também participou do encontro nesta segunda.

Esta foi a primeira conversa de Bolsonaro com Fernández, com quem o brasileiro se recusava a falar diretamente desde outubro do ano passado, quando o peronista foi eleito para comandar o maior parceiro comercial do Brasil na América Latina. O encontro virtual vinha sendo articulado entre os diplomatas de ambos os países diante das dificuldades que se impõem às duas economias diante da pandemia.

Após as falas iniciais, os mandatários abordaram as prioridades dos respectivos governos na agenda bilateral. Fernández defendeu o aprofundamento da integração no Mercosul, enquanto Bolsonaro ressaltou a meta de reduzir a TEC (Tarifa Externa Comum) e ampliar os acordos comerciais do bloco.

Esses dois temas contrapõem o governo peronista na Argentina e a administração Bolsonaro. Os argentinos resistem a baixar a TEC, sob o argumento de que isso pode prejudicar sua indústria nacional e, por isso, têm colocado travas às negociações de tratados comerciais. A TEC é um imposto de importação partilhado entre os sócios do Mercosul e precisa da anuência dos quatro membros para ser reformada.

Segundo assessores do Planalto, um fator que pesou na aproximação dos mandatários foi o recente movimento de Fernández para se afastar de sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner, ícone peronista. Ambos discordam sobre os rumos que o país deve tomar para contornar os danos causados pela pandemia à economia argentina.

As informações são da Folhapress

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News