Prejuízo estimado é de pelo menos R$ 100 mil. Suspeitos tiveram celulares apreendidos, mas não foram presos; Iges-DF diz que recebeu denúncia anônima e acionou polícia.
Por Afonso Ferreira e Walder Galvão, TV Globo e G1 DF
Fachada do Hospital Regional de Santa Maria, no Distrito Federal — Foto: André
Borges/Agência BrasíliaA Polícia Civil do Distrito Federal identificou, nesta sexta-feira (23), dois funcionários do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) suspeitos de desviar e revender luvas. O prejuízo à unidade de saúde, segundo os agentes, chega a pelo menos R$ 100 mil.
O delegado à frente do caso, Paulo Galindo, da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), explica que pelo menos três pessoas são suspeitas de participar do esquema, porém, apenas duas foram identificadas.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF, à frente da administração do hospital, informou que recebeu denúncia anônima e acionou a polícia (veja mais abaixo).
Galindo reforça que as investigações tiveram início após a direção do hospital desconfiar do crime e acionar a polícia. Segundo o delegado, os lotes dos insumos constavam como recebidos, porém, não estavam nos armários.
Durante a ação da polícia, os investigadores apreenderam os celulares dos suspeitos, caixas de luvas e outros materiais objetivos com o lucro da revenda.
“Se trata de possível crime de peculato e associação criminosa, por envolver pelo menos três pessoas. As investigações continuam para identificarmos mais envolvidos”, explicou o delegado.
Denúncia anônima
Hospital Regional de Santa Maria, no Distrito Federal, em imagem de arquivo — Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília
O Iges é responsável pela gestão dos hospitais de Santa Maria, de Base e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da capital. De acordo com a entidade, após uma denúncia anônima, técnicos da entidade constataram as divergências de estoque no sistema.
“Agora, a denúncia segue em investigação, sendo que o Iges está fornecendo todas as informações solicitadas”, informou.
O Iges-DF disse que, em caso de comprovação do desvio, “adotará todas as providências cabíveis, que podem resultar em demissão”.
“Reforçamos que o instituto possui controle rigoroso de distribuição de material e, se forem identificados outros casos comprovados, as devidas providências serão adotadas”, detalhou a nota.