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Tarifa antiga será mantida por um mês para quem tem vale-transporte recarregado, diz GDF

Por Carolina Cruz, G1 DF

Ônibus na Rodoviária do Plano Piloto começam a circular com tarifa reajustada — Foto: G1/Carolina CruzÔnibus na Rodoviária do Plano Piloto começam a circular com tarifa reajustada — Foto: G1/Carolina Cruz

Ônibus na Rodoviária do Plano Piloto começam a circular com tarifa reajustada — Foto: G1/Carolina Cruz

A norma, que abre uma exceção para funcionários que recebem o benefício de seus empregadores, foi confirmada pela Semob neste domingo (12).

“Nos cartões de vale-transporte com créditos já adquiridos será debitada a tarifa antiga até 12/02/2020”, informou a pasta.

A regra só vale para quem recebe o benefício recarregado diretamente pela empresa por meio do cartão do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA). Já os cartões de Bilhete Único custeados pelo próprio cidadão serão cobrados com o valor da tarifa nova, mais cara.

Com o aumento, os valores das passagens passam a ser os seguintes:

  • Circular interna: de R$ 2,50 para R$ 2,75
  • Ligações curtas: de R$ 3,50 para R$ 3,85
  • Metrô/Longas/Integração: de R$ 5 para R$ 5,50

Justificativa

Valter Casimiro, secretário de Transporte e Mobilidade, anuncia reajuste nas passagens  — Foto: Renato Araujo/Agência BrasíliaValter Casimiro, secretário de Transporte e Mobilidade, anuncia reajuste nas passagens  — Foto: Renato Araujo/Agência Brasília

Valter Casimiro, secretário de Transporte e Mobilidade, anuncia reajuste nas passagens — Foto: Renato Araujo/Agência Brasília

No dia em que o governo anunciou o aumento, na última quinta-feira (9), o secretário de Mobilidade, Valter Casimiro, disse que o reajuste foi necessário para compensar os gastos com a manutenção do sistema.

Segundo Casimiro, as despesas de custeio do transporte público cresceram 16,19% desde o último reajuste das tarifas, em 2017. Ele alegou que “apenas” 10% dessas “perdas” estão sendo transmitidas aos passageiros.

Ainda de acordo com o secretário, os subsídios pagos pelo governo chegaram a R$ 700 milhões em 2019. Desse total, R$ 540 milhões foram destinados à gratuidade oferecida a estudantes e pessoas com deficiência. Contudo, ele afirma que “não é isso [o passe livre] que gera a necessidade desse aumento”.

Proposta de anulação do reajuste

Fachada da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) — Foto: Marília Marques/G1Fachada da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) — Foto: Marília Marques/G1

Fachada da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) — Foto: Marília Marques/G1

No mesmo dia em que o governo publicou o reajuste no DODF, o deputado distrital Fábio Felix (Psol) protocolou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) com o objetivo de anular o aumento.

A proposta precisa ser analisada pela Câmara Legislativa e aprovada por maioria simples. A oposição ao governo na Casa apoiou o projeto e tenta acordo interno para votar a matéria ainda em janeiro, em sessão extraordinária.

Só quem pode convocar votação neste período é o presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB).

De acordo com a assessoria de imprensa de Felix, a oposição vai acionar a Justiça caso não consiga apoio para votar a anulação do reajuste na Câmara antes da volta do recesso, prevista para 3 de fevereiro.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News