Secretário-executivo de Cultura do DF pede demissão
Cristiano Vasconcelos era ‘número dois’ da pasta e pediu exoneração nesta quinta (6). Ele deixa o cargo menos de dois meses após saída do ex-chefe, Adão Cândido.
Por Luiza Garonce e Pedro Alves, G1 DF
Secretário executivo de Cultura do DF, Cristiano Vasconcelos — Foto: Reprodução/Youtube
O secretário-executivo de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), Cristiano Vasconcelos, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira (6). “Numero dois” da pasta, ele deixa o posto menos de dois meses após a demissão do ex-secretário Adão Cândido.
Em carta anunciando a exoneração (leia íntegra ao fim da reportagem), Cristiano afirma que tem “sensação de dever cumprido”. No entanto, não detalha os motivos que o levaram a deixar o cargo.
O secretário executivo atuava na pasta desde o início da gestão de Ibaneis Rocha (MDB), ao lado de Adão Cândido. Em nome da secretaria, se envolveu em polêmicas como o uso de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e foi alvo de críticas da comunidade artística local.
Após a demissão do ex-chefe, em dezembro do ano passado, Cristiano chegou a assumir a pasta interinamente por algumas horas. No dia seguinte, porém, o atual secretário, Bartolomeu Rodrigues, foi nomeado para o posto.
Leia abaixo a íntegra da carta de exoneração de Cristiano Vasconcelos:
“É com a sensação de dever cumprido que solicitei, nesta quinta-feira (06) para deixar o cargo de secretário-executivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, posição que ocupei com dedicação e afinco nos últimos 14 meses.
Neste período, as ações e iniciativas que empreendemos em prol da Cultura no Distrito Federal foram inúmeras e, com certeza, contribuirão para o desenvolvimento deste segmento tão importante para a capital.
Mais que isso, as medidas que tomamos para garantir o rigor e a transparência nos processos, foram um passo importante para assegurar a legalidade e a segurança jurídica na execução de ações que visam, principalmente, promover a difusão cultural.
No exercício da função pública, entretanto, é primordial primar pelo bom emprego dos recursos, que são oriundos dos impostos pagos pelos cidadãos. É primordial a responsabilidade pelos gastos, observando a eficiência. E é primordial ao agente público combater diuturnamente práticas nocivas à sociedade.
Infelizmente, o rigor nas ações muitas vezes é mal interpretado por aqueles – tanto da iniciativa pública quanto da iniciativa privada – que ainda insistem em encarar o dinheiro público como bem particular, inviabilizando a realização de práticas saudáveis que efetivamente contribuem para o desenvolvimento do Estado.
Agradeço ao governador Ibaneis Rocha pela oportunidade de integrar esta equipe, e reforço minha confiança em sua gestão que tanto tem feito pelo Distrito Federal.”
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News