Ronaldo recomenda terapia para Neymar e vê França como favorita para ganhar a Copa
Eterno camisa 9 falou sobre a importância de seu posicionamento em defesa da Seleção e pediu atenção à saúde mental dos atletas brasileiros
Brasília, 12 de dezembro de 2022
Ronaldo está na terapia há quase três anos. Em uma sociedade na qual os gênios do esporte são praticamente de exporem ao público suas fraquezas, trata-se de um ato de coragem a revelação feita nesta segunda, em uma agenda de compromissos do Fenômeno com influenciadores e a imprensa do Brasil e do resto do Mundo. Nesta entrevista em um luxuoso hotel de Doha, o eterno camisa 9 da seleção brasileira disse que precisou de uns dias para digerir a derrota (cancelando até outras aparições públicas, como na homenagem feita a Pelé, aqui no Catar, pela Conmebol).
Ronaldo diz que se sentiu obrigado a sair em defesa da seleção brasileira (e do camisa 10 da equipe) em suas redes sociais e plataformas de conteúdo. “Eu super entendo o momento que eles estão passando, principalmente o Neymar, pois a pressão e a carga é muito maior em cima dele. É muito normal ele estar deprimido ou triste, até mesmo sem vontade de jogar e de planejar algo para o futuro. Mas isso vai passar, com certeza, porque essa decepção há de ser temporária e o Neymar vai voltar com o tesão de sempre, a vontade de sempre.”
Na sequência, o Fenômeno fez a revelação que abre esta reportagem e aconselhou os atletas a voltarem sua atenção para a saúde mental. “Venho acumulando muitas funções, muito trabalho, e isso tem me ajudado muito. Eu indicaria pra vida ter um psicólogo, com quem você possa abrir as suas necessidades, as suas dúvidas, e conversar abertamente com um profissional que pode te esclarecer muito e te ajudar muito. O psicólogo do futebol logicamente ajuda, mas um acompanhamento constante tem uma eficiência muito maior.”
E conselho vale também para Neymar. “Quando eu vi a entrevista dele falando que psicologicamente ele estava destruído, aquilo partiu meu coração de uma maneira, assim, que eu também destruído psicologicamente, e queria encontrar alguma maneira de poder ajudá-lo. Mas eu acho que essa ajuda existe hoje em dia. Na minha época era pouco falado, e eu aconselharia ele tivesse esse acompanhamento psicológico pra aguentar essa pressão, que é extremamente desproporcional para qualquer ser humano.”