Naja que picou estudante de veterinária no DF é transferida para Instituto Butantan, em São Paulo
Outras seis serpentes exóticas apreendidas em Brasília também foram enviadas ao local. Segundo instituto, previsão é que animais cheguem nesta quarta-feira (12).
Por Larissa Passos e Isabella Melo, G1 DF e TV Globo
Cobra da espécie naja no Zoológico de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
A cobra da espécie naja que picou o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, foi transferida nesta terça-feira (11) para o Instituto Butantan, em São Paulo. A informação foi confirmada pelo Zoológico de Brasília, onde ela estava desde que foi apreendida, em 11 de julho.
Segundo o Zoológico, além da naja, outras seis cobras exóticas apreendidas na capital também foram encaminhadas ao instituto. Entre elas, estão a víbora-verde-de-voguel e cinco serpentes da espécie corn snake ou cobra do milho.
De acordo com o Butantan, a previsão é que as serpentes cheguem ao local nesta quarta-feira (12). Na última terça (4), o Zoológico de Brasília informou que não pretendia ficar com os animais, porque a fundação prioriza espécies da fauna local e bichos contemplados por programas de conservação nacionais e internacionais.
Os animais vão ser transportados de avião, em caixas lacradas, forradas com papel e com furos para entrada de ar. O voo está previsto para decolar do Aeroporto de Brasília às 18h45, em direção a Guarulhos.
Segundo o diretor de répteis do zoológico, Carlos Eduardo Nóbrega, os recipientes são seguros para o transporte das cobras.
“Essa caixa tem um duplo sistema de segurança, composto de uma trinca, onde vai ser colocado um cadeado, e também um sistema de parafusos. Esse sistema bloqueia qualquer possível abertura da caixa.”
Caso naja
Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, foi picada por uma cobra da espécie Naja, no DF — Foto: Arquivo pessoal
O estudante Pedro Henrique Krambeck foi picado pela naja no dia 7 de julho. A cobra é considerada uma das mais venenosas do mundo e não havia soro antiofídico da espécie no Distrito Federal.
Os médicos e a família do estudante precisaram pedir o antídoto para o Instituto Butantan – único local que tinha o soro no país, para pesquisa. Pedro ficou seis dias internado em um hospital particular no Gama, sendo cinco em uma Unidade de Terapia Intensiva.
De acordo com a Polícia Civil do DF, o jovem criava a cobra em casa ilegalmente e tinha, pelo menos, 18 serpentes. Ele foi preso em 29 de julho, por suspeita de tentar atrapalhar as investigações. Dois dias depois, no entanto, foi solto após conseguir um habeas corpus.