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Diante das invasões e atos de quebradeiras em orgãos públicos federais Governador eleito Ibaneis Rocha comunica ao STF que plano não foi seguido

Diante das invasões e atos de quebradeiras em orgãos públicos federais Governador eleito Ibaneis Rocha comunica ao STF que plano não foi seguido

Brasília, 13 de janeiro de 2023

Por Rita Yoshimine e Caroline Cintra, TV Globo e g1 DF

Adaptações

Alexandre Torres

Guará News

A defesa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), entregou um memorial — uma espécie de defesa prévia — para o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para esclarecer as circunstâncias dos atos terroristas ocorridos em Brasília, no domingo (8). No documento, os advogados afirmam que o planejamento estabelecido previamente não foi seguido.

“O governador se valeu de informações prestadas por agentes públicos em funções estratégicas e jamais agiu ou deixou de agir admitindo a prática de qualquer ato violento contra a sede dos poderes constituídos na nossa República”, diz o documento.

 

Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo de governador pelo prazo inicial de 90 dias, após ataques às sedes dos três poderes e as forças de segurança do DF não conterem os vândalos bolsonaristas que invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do STF. O ministro disse que os atos terroristas do domingo só podem ter tido a anuência do governo do DF, uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos.

Sedes dos três poderes foram atacadas por manifestantes bolsonaristas em Brasília.  — Foto: EPA via BBC

Sedes dos três poderes foram atacadas por manifestantes bolsonaristas em Brasília. — Foto: EPA via BBC

No memorial, a defesa alegou que houve a devida preparação para a atuação ordenada e conjunta dos órgãos e instituições, mas o abandono do alinhamento estabelecido no protocolo se deu no plano da execução.

No documento, a defesa exemplificou atividades que estavam no protocolo de segurança atribuídas à Polícia Militar (PMDF), Polícia Civil, Detran e DF, como:

  • acompanhar o ato durante todo o itinerário com o objetivo de manter a ordem e a segurança pública tanto dos participantes das manifestação como das pessoas da comunidade em geral, mantendo a incolumidade das pessoas e do patrimônio e evitando acidentes.
  • não permitir acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes, conforme tratado em reunião e Protocolo de Ações
  • manter reforço de efetivo no perímetro interno dos prédios públicos de toda extensão da Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes, bem como na Estação Rodoviária de Brasília.

 

A defesa ainda cita a fala do interventor federal, Ricardo Capelli, de que “a manifestação golpista foi possível por causa da operação de sabotagem nas forças de segurança locais”.

No memorial, a defesa cita um áudio que Ibaneis recebeu do então secretário de Segurança Pública do DF interino, Fernando Oliveira, no domingo, às 13h23, relatando que a inteligência estava monitorando e não havia qualquer “informe de agressividade”, que o clima estava “tranquilo e ameno”.

“Para além de revelar que o Governador, de fato, valeu-se de informações prestadas por agentes públicos investidos em funções estratégicas, as quais o levaram a uma falsa percepção da realidade”, diz a defesa.