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Vigilância Sanitária notifica empresas do DF que aplicavam testes para Covid-19 de forma irregular

Por G1 DF e TV Globo

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

A Vigilância Sanitária notificou sete empresas do Distrito Federal que realizavam testes para Covid-19 de forma irregular. Segundo o órgão, os estabelecimentos descumpriam normas de segurança sanitária e não estavam autorizados a funcionar.

A fiscalização ocorreu entre os dias 18 e 25 de junho. Durante a ação, os agentes interditaram um contêiner, em Taguatinga ,que fazia os testes de pacientes no modelo drive-thru.

Foram apreendidas 100 unidades de testes rápidos. O posto irregular funcionava no estacionamento de uma igreja e, segundo a equipe de fiscalização, não tinha licença sanitária para exercer a atividade de laboratório.

O local foi lacrado pelo GDF. A multa para esses casos pode chegar a R$ 70 mil.

O nome da empresa autuada não foi divulgado. O estabelecimento é um representante comercial e, por lei, não pode comercializar e nem oferecer o serviço de testagem (veja regras abaixo).

Testes a R$ 250

Em Planaltina, outra empresa oferecia o teste, também no modelo drive-thru de forma irregular. Cada exame custava R$ 250.

À reportagem, a gerente de fiscalização da Vigilância Sanitária, Márcia Olivé, informou que “testes para diagnóstico da Covid-19 em sistema de drive-thru só podem ser realizados por laboratórios credenciados”.

“A pessoa que vai até uma empresa irregular corre o risco de receber o diagnóstico errado e, a depender das condições sanitárias, corre risco de se contaminar.”

Testagem para novo coronavírus  — Foto: Lucas Cortez/InterTV Cabugi

Testagem para novo coronavírus — Foto: Lucas Cortez/InterTV Cabugi

Fiscalização

Ainda de acordo com o órgão de fiscalização, a empresa multada em Taguatinga era reincidente e tinha seis postos irregulares de testagem espalhados pelo DF. Nesta sexta-feira (26), a vigilância também foi para as ruas e notificou uma farmácia em Vicente Pires.

O estabelecimento está autorizado a realizar os testes, mas segundo a Vigilância Sanitária, houve denúncia de irregularidades. Os auditores disseram que a farmácia não respeitava o distanciamento adequado entre os clientes e que a sala de testes era “pouco ventilada”.

Além disso, havia brinquedos para as crianças, o que está proibido durante a pandemia. Apesar da notificação, a farmácia não foi multada. A drogaria tem 24 horas para cumprir as recomendações.

Alerta

Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a realização de testes rápidos de diagnóstico de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, em farmácias e drogarias. Com a decisão, os testes deixam de ser feitos obrigatoriamente apenas em hospitais e clínicas.

A medida vale enquanto durar a pandemia. A decisão autoriza a aplicação, mas não obriga que as farmácias e drogarias disponibilizem os testes. A adesão, portanto, é voluntária.

No DF, dois meses após a aprovação da medida, apenas uma farmácia da capital estava autorizada pela Vigilância Sanitária a aplicar os testes. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma-DF), Francisco Messias Vasconcelos, Brasília conta com 1,7 mil lojas.

Quem pode aplicar o teste

Testes rápidos para Covid-19 no Distrito Federal, imagem em arquivo — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Testes rápidos para Covid-19 no Distrito Federal, imagem em arquivo — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A presidente do Conselho Regional de Farmácia do DF (CRF), Gilcilene Chaer, explica que para o farmacêutico obter uma licença da Vigilância Sanitária, ele precisa ter um certificado – do próprio conselho – atestando que está apto para realizar o exame.

“Após a prova de que ele tenha feito um curso, nós do conselho emitimos uma declaração dizendo que ele está apto.”

Segundo a presidente, os testes realizados nas farmácias estão sendo contabilizados nos dados de testagens da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. “A legislação diz que tem que enviar todos, tantos os negativos, quantos os positivos”, explica.