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PF desenvolve ação contra traficantes em Brasília, Goiânia e SP para conter recrutas que levam drogas para Europa por ingestão estomacal

PF desenvolve ação contra traficantes em Brasília, Goiânia e SP para conter recrutas que levam drogas para Europa por ingestão estomacal

Guará DF, 04 de março de 2023

Adaptações

Alexandre Torres

Guará News

Buscas são feitas em São Paulo, Goiânia e Brasília, tendo como alvos os suspeitos de recrutar as “mulas”, em sua maioria pessoas trans

 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (4/4), a Operação Body Packing contra uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas. Segundo as investigações, os traficantes recrutam brasileiros, em sua maior parte transexuais, para agir como “mulas”, ingerindo grandes quantidades de entorpecentes para transportá-los dentro do corpo até a Europa.

Três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, são cumpridos nas cidades de São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Brasília (DF). Os alvos são suspeitos de organizar e recrutar pessoas para o transporte da droga.

A investigação iniciou-se a partir da prisão em flagrante de dois passageiros (um homem e uma mulher), em 2018, que tentaram embarcar em um voo internacional de Campinas para Paris com drogas ingeridas, sob a falsa alegação que estariam viajando em lua de mel.

Na oportunidade, dentro do corpo de ambos, foram encontradas 173 cápsulas com um total de 2,7 kg de cocaína. Eles foram presos e condenados.

Os dados extraídos dessa ocorrência levaram a identificar ao menos cinco outras ocorrências no Aeroporto Internacional de Viracopos em que as pessoas presas também se declararam trans, revelando indícios de uma rede nacional e internacional de pessoas envolvidas com tráfico de drogas e voltada à exploração de vulneráveis.

Dos quatro ora investigados ligados à cooptação e que hoje têm endereços que são objeto de buscas, dois deles, de origem estrangeira, já foram presos por tráfico de drogas e um deles é atualmente procurado pela Justiça.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e organização criminosa, podendo as penas ultrapassar 25 anos de prisão.