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O que deputados da CLDF estão agilizando diante das situações críticas da saúde do DF

O que deputados da CLDF estão agilizando diante das situações críticas da saúde do DF

Guará DF, 15 de março de 2023

Adaptações

Alexandre Torres

Guará News

 

 

Na sessão da Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta terça-feira (14), diversos deputados distritais se manifestaram sobre a situação da saúde pública no DF. O assunto foi levado ao plenário, inicialmente, pela deputada Paula Belmonte (Cidadania), que lamentou a morte de um homem com síndrome de Down na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor O, em Ceilândia. A mãe do paciente afirma ter havido negligência. “Cada pessoa que morre é o amor de alguém”, disse a parlamentar.

O óbito, ocorrido numa unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), também figurou no pronunciamento do deputado Gabriel Magno (PT), que destacou, ainda, a morte de um adolescente que havia lesionado o joelho na UPA de Samambaia, e o caso de uma mulher internada com dengue que caiu da janela da UPA na Ceilândia.

“Prometeram muito quando anunciaram criação do Iges. E hoje, depois de cinco anos, vemos que esse modelo não funciona, se mostrou ineficiente e ineficaz”, afirmou o distrital, que preside a Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Casa. Ao falar do “caos” vivido pela Saúde, Magno concluiu: “O que o Iges entrega só piora, e quem sofre é a população do DF. Devemos defender um SUS forte”.

“Quando o Instituto foi criado, nós dissemos que ia dar errado. Ibaneis Rocha ampliou o modelo, e está destruindo a Saúde do DF”, avaliou o deputado Chico Vigilante (PT). “É preciso que o governo do DF compreenda: ou o GDF acaba com o Iges, ou o Iges acaba com a Saúde do DF”, sustentou.

Por sua vez, a deputada Dayse Amarilio (PSB) ampliou o debate para além das unidades sob a gestão do Instituto. Ela abordou visita realizada ao Hospital Regional do Gama, que não é administrado pelo Iges/DF, e lamentou o déficit de clínicos médicos, enfermeiros e outros profissionais e a alta taxa de mortalidade no hospital. “Os servidores estão desgastados, trabalhamos às vezes com um enfermeiro para 90 pacientes. Mas a população não entende por que tem de peregrinar”, acrescentou.

A distrital não poupou, contudo, o Iges. Em sua opinião, a solução para a situação da Saúde no DF envolve “abrir a caixinha preta do Instituto”. “O Iges é como um câncer que cresce descontroladamente. Estou vislumbrando um colapso na Saúde”, finalizou.

O presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), defendeu uma “reflexão sobre o que está acontecendo, para propor mudanças”.

Denise Caputo – Agência CLDF