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Índices de feminicidio espantam o DF. Casos chegam a ultrapassar números de 2022

Índices de feminicidio espantam o DF. Casos chegam a ultrapassar números de 2022

Brasília, 11 de janeiro de 2022

Índices de feminicidio espantam o DF. Casos chegam a ultrapassar números de 2022

Adaptações

Alexandre Torres

Guará News

início de ano traz números alarmantes sobre a violência contra mulheres do Distrito Federal, em comparação ao ano passado. Somente na primeira semana, a capital do país soma — com dois registros — a mesma quantidade de feminicídios que todo janeiro de 2022. Se, comparado até março, são 50% das mortes, quando 4 havia sido notificadas.

Os dados são apurados e divulgados mensalmente pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF).

Nas duas ocorrências de 2023, as vítimas tiveram suas vidas encerradas friamente ao serem enforcadas pelos companheiros. Na madrugada de domingo (1º/1), Fernanda Letícia da Silva, de 27 anos, foi asfixiada pelo namorado Maxwel Lucas Rômulo Pereira de Oliveira, 32, na QNP 17, em Ceilândia.

Por volta das 21h, o casal se encontrou na casa de Maxwel. Lá, Fernanda o convidou para comemorar a virada do ano. No entanto, o namorado não aceitou e falou para a mulher ficar em casa. O comentário levou a uma discussão e, em seguida, a agressões físicas entre o casal.

O namorado relatou que Fernanda teria pegado uma faca e o atingido no pescoço e no rosto. Ele tomou o objeto, disse que “apertou o pescoço” da vítima e a matou. Maxwel Lucas se apresentou à 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) acompanhado de um advogado. O investigado narrou os fatos e, após os procedimentos legais, foi levado para a carceragem da PCDF.

“Falei que mataria”

Informações iniciais da investigação dão conta de que o assassinato ocorreu quando o irmão do autor estava em casa; por isso, a suspeita é de que Maxwel Lucas tenha tapado a boca da vítima, para que ela não gritasse por ajuda.

Após cometer o feminicídio, o assassino chamou os parentes e confessou o crime. Maxwel Lucas disse para a mãe que a companheira estava com a boca roxa. Antes de fugir, ainda pediu para a família “chamar a polícia para buscar o corpo”. Depois de a família constatar a morte, o criminoso chegou dizer: “Matei a Fernanda. Não acredita? Vem ver! Falei que mataria”. A extrema frieza do assassino chocou os parentes que estavam na casa.

Maxwel Lucas tinha histórico de violência contra a companheira. Fernanda Letícia havia denunciado o namorado à polícia em março de 2022. Testemunhas relataram que, em diversas ocasiões, o assassino batia na jovem, que desmaiava ou fingia, para tentar pôr fim às agressões.