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Incêndios no DF, seca castiga a capital Federal, 100% de aumento nos casos, vamos nos prevenir e preservar

Incêndios no DF, seca castiga a capital Federal, 100% de aumento nos casos, vamos nos prevenir e preservar

Guará DF, 17 de julho de 2024

Para o Guará News

Alexandre Torres

 

 

Aqui estão algumas dicas importantes: Antes de fazer uma fogueira, capine a vegetação ao redor. Ao abandonar uma fogueira, apague-a completamente com água ou terra. Mantenha fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças.

Existem ações importantes para evitar as queimadas em ambientes naturais, como evitar atear fogo em restos de poda de árvores, não lançar “bitucas” de cigarro pela janela do veículo ao longo de estradas e rodovias, não queimar resíduos, principalmente em locais próximos à vegetação seca. Além de que, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei n° 9.605/1998), provocar incêndios em áreas de vegetação nativa se configura como crime, com pena prevista de reclusão e multa.

É de grande importância que os moradores de regiões em que o período de estiagem costuma ser intenso tenham reservas de água de boa qualidade em suas propriedades, para que essa água seja utilizada na irrigação de pequenas lavouras e dessedentação animal. O armazenamento de água pode ser feito por meio de cisternas e pode evitar prejuízos econômicos durante este período.

Satélites do Inpe apontam que os focos de incêndio no Distrito Federal quase dobraram de janeiro a julho deste ano em comparação com 2023

Os números de focos de incêndio dispararam em 2024 em comparação a 2023 no Distrito Federal. Em um ano, o aumento foi superior a 94%, saindo de 39 para 76 focos. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) a partir dos focos detectados por satélite, de 1º de janeiro a 15 de julho.

O levantamento via satélite apontou, ainda, que 2024 tem o maior número de focos de incêndio em oito anos, desde 2017. Veja a lista:

Para o ambientalista Pedro Ivo, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), esse número se explica pela característica climática, pelo desmatamento e pela falta de fiscalização.

“Estamos em crise climática com efeito extremo, aumento de calor e alto grau de desmatamento no cerrado”, disse. “O evento climático provocado pelo calor, somado à secura e às queimadas vão causar um aumento em doenças respiratórias na população”, acrescentou.

“Nós vamos sofrer muito mais ainda, até porque o desmatamento no cerrado só aumenta, que é o bioma dessa nossa região do Distrito Federal”, completou.

Foco de incêndio e queimadas

O foco de queima é indicado pelos satélites geostacionários do instituto, que identifica a existência de fogo na vegetação sem ter como avaliar o tamanho da área queimada. “Um foco de queima pode indicar tanto uma pequena queimada, várias pequenas queimadas ou uma muito grande”, explica o Inpe no site.

De acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) foram registradas 213 áreas queimadas no Distrito Federal de janeiro a julho. A área chega a 905,85 hectares. Em todo 2023 foram 357 registros de áreas queimadas, que atingiram 972,1 hectares.

O instituto informou que, para prevenir e combater focos de incêndio, a autarquia conta com 150 brigadistas, distribuídos em 16 bases no DF.

Mais de 80 dias sem chuva

Pedro Ivo caracterizou a seca como um dos fatores que propiciam o aumento de áreas queimadas.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontou que a estiagem começou mais cedo no DF em 2024. Houve chuvas significativas nos primeiros quatro meses do ano, mas, em maio, a seca derrubou os índices de maneira expressiva. Já não chove há mais de 80 dias na capital — a última vez foi em 23 de abril.

Dados de janeiro a maio mostram que já houve quatro vezes mais queimadas no Distrito Federal em comparação ao mesmo período de 2023. A crescente é reflexo de um ano seco e quente, e acende um alerta para os próximos meses.

O Inmet soltou um alerta na manhã dessa terça-feira (16/7) para o perigo potencial no DF devido à baixa umidade na capital.

Aumento de 529% no Brasil

O cenário do DF não é tão diferente do restante do país. As queimadas no primeiro semestre deste ano no Brasil consumiram 4,48 milhões de hectares. É como se, a cada 4,9 dias, toda a área do município do Rio de Janeiro fosse destruída pelo fogo. A média do território em chamas é de 246,37 km², e a cidade ocupa 1.200 km²

O dado faz parte do levantamento Monitor do Fogo, do MapBiomas, que apurou as ocorrências de queimadas em todo o território nacional no primeiro semestre deste ano. O aumento é de 529% na comparação com anos anteriores.