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GDF testará novo modelo de Wi-fi grátis que deve alcançar 102 pontos do DF

Secretaria de Ciência e Tecnologia lança edital para credenciar empresas interessadas em oferecer conexões de internet públicas. A previsão é de que o serviço gratuito alcance 102 pontos do DF, como Rodoviária e estações do metrô

A professora Sabriane recorre ao wi-fi gratuito para acessar as redes sociais e pedir veículos do sistema de transporte por aplicativo: serviço útil
(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Brasília está entre as poucas capitais brasileiras sem wi-fi público. Tentativas recentes do governo para oferecer rede gratuita à população consumiram milhões em recursos públicos, sem nenhuma efetividade. O GDF vai testar um novo modelo para conectar os brasilienses e, para viabilizar a conexão social, a Secretaria de Ciência e Tecnologia lançou um edital de credenciamento de empresas interessadas em prestar o serviço em 102 pontos do Distrito Federal. Pela proposta, o Executivo local não terá despesas, e as operadoras serão remuneradas com a exibição de publicidade digital aos internautas. Entre os brasilienses é grande a expectativa pela chegada do wi-fi público gratuito, mas especialistas alertam para a importância de que a oferta tenha transparência, segurança e privacidade do usuário.

As empresas interessadas em oferecer sinal gratuito à população terão 30 dias para fazer o credenciamento na Secretaria, que vai avaliar o cumprimento de uma série de requisitos técnicos. O governo definiu a lista de locais onde o serviço poderá ser ofertado, como a Rodoviária do Plano Piloto, o Complexo Cultural da República, parques, agências do trabalhador, hospitais e algumas escolas públicas. Mas as prestadoras de serviço podem propor novos pontos ao GDF, que avaliará a demanda.

O edital de credenciamento define uma série de requisitos técnicos que devem ser seguidos. A velocidade mínima efetiva de conexão deve ser de 512 kbps de download por usuário. O sinal deve cobrir, no mínimo, 50% das áreas de parques e centros educacionais e 70% das demais localidades listadas pelo GDF. O tempo máximo de permanência por usuário fica a critério da companhia, desde que respeitado o prazo mínimo de 30 minutos. Depois de meia hora, o internauta poderá continuar conectado, mas, para isso, terá de assistir a uma nova publicidade. Caso a quantidade de dispositivos conectados seja superior ao número estimado de acessos simultâneos, a prestadora poderá reduzir proporcionalmente a velocidade de acesso.
Essa estimativa de usuários conectados varia de acordo com a localidade. Na Rodoviária, o edital estabelece um cenário de 10 mil usuários simultâneos. No Parque da Cidade, esse número é de 1 mil e, nas estações de metrô, de 100 a 500 pessoas conectadas ao mesmo tempo. O edital do governo determina que as empresas respeitem o direito à privacidade, à neutralidade da rede e à proteção de dados pessoais dos cidadãos por meio de práticas transparentes e seguras.
As operadoras serão remuneradas por meio da exploração de publicidade digital. E poderão divulgar logomarcas, produtos ou campanhas publicitárias próprias ou de empresas parceiras por meio da exibição de imagens ou vídeos. Ao fim do anúncio, o usuário poderá ser redirecionado para uma página definida pela empresa. Outra forma de remuneração das prestadoras credenciadas será a exploração publicitária e a ativação de marcas nas placas e nos postes destinados ao wi-fi, desde que respeitada a legislação sobre o tema. O edital do GDF permite a participação de consórcios e autoriza a subcontratação de serviços, desde que limitada a até 30% do custo da operação.

Dúvida

Para definir esse modelo, o governo avaliou várias possibilidades de oferta do serviço, como licitação, parceria público-privada (PPP) ou concessão. A opção foi a dispensa de concorrência pública, por inexigibilidade. Com isso, todas as empresas que se enquadrarem nos critérios poderão prestar os serviços simultaneamente. “Com mais opção para o usuário, haverá competitividade e, consequentemente, a oferta de melhores serviços. E o governo não terá nenhuma despesa”, conta o coordenador do projeto Wi-fi Social da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Daniel Figueiredo. “Resolvemos fazer uma aposta nesse modelo, que é adotado em várias cidades e, aqui em Brasília, é oferecido no aeroporto”, conta.

 

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2019/02/28/interna_cidadesdf,740304/gdf-testara-novo-modelo-de-wi-fi-gratis-que-deve-alcancar-102-pontos.shtml