Pular para o conteúdo
Início » Eventos em Brasília criam ‘novo presencial’ durante pandemia

Eventos em Brasília criam ‘novo presencial’ durante pandemia

Por Carolina Cruz, G1 DF


Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília  — Foto: Divulgação

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília — Foto: Divulgação

Neste fim de semana, um dos eventos mais populares de Brasília, o PicniK, ganha outro formato. Vira uma “ação”, com oficinas presenciais e online, “mas, mantendo a essência de dar visibilidade para a economia criativa da capital”, dizem os organizadores (saiba mais abaixo).

Outra proposta, que ocorre em outubro, promete transformar o lago do Parque da Cidade em um cinema ao ar livre, no Festival Flutua. Ao invés de poltronas, ou carros estacionados em um drive-in, o público estará em boias ancoradas na água, além de pedalinhos e botes.

Os “assentos”, terão a forma de flamingos, unicórnios, patos e cisnes gigantes. Além de filmes, a programação inclui apresentações de música ao vivo no pôr-do-sol e teatro infantil.

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília — Foto: Divulgação

A diretora e produtora do evento, Scarlett Rocha, conta que a inspiração surgiu a partir de festivais de música da Nova Zelândia e dos “cinemas flutuantes” que atraíram o público em países da Europa. “Já era uma ideia, então, vi que se estavam fazendo por lá e chegaria o momento em que nós também poderíamos fazer aqui”, aponta.

E como se deslocar durante um evento ‘flutuante’?

Um cinema com boias ancoradas gera uma série de perguntas. Além de evitar aglomerações, os idealizadores tiveram que criar soluções para o deslocamento do público durante o evento.

“As pessoas perguntam: como ir ao banheiro? Como chegar na boia? “, diz Scarlett.

Ela mesma responde: “Ninguém vai precisar nadar”. Serão 300 “flutuantes”: pedalinhos, para duas pessoas, e botes, para duas ou quatro pessoas.

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília  — Foto: Divulgação

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília — Foto: Divulgação

O público terá acesso, por ordem de chegada, em um píer, de onde serão “rebocados” até uma demarcação, que respeita o distanciamento. A regra é a mesma para todos os “flutuantes”: estarão ancorados, sem a possibilidade de serem deslocados pelo público.

“Quem quiser ir ao banheiro, vai de caiaque”, explica a produtora.

Segundo os organizadores, a pipoca e outros comes e bebes devem ser adquiridos por um aplicativo, para evitar filas. Para a entrega, haverá um serviço diretamente no flutuante.

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília  — Foto: Divulgação

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília — Foto: Divulgação

Lago ‘adaptado’

Para que o evento aconteça, foi preciso adaptar o espaço. O lago do Parque da Cidade seria o ideal porque tem apenas até 1,5 metro de profundidade e um píer criado para pedalinhos, que estão desativados.

A produção do evento está reformando o espaço, por meio de parceria público-privada, sem custos ao governo. “Eu, que nasci na década de 90, sinto por não ter conhecido o espaço. Mas nós vamos revitalizar e esse vai ser um legado do evento. Depois que acabar, o espaço poderá ser usado novamente”, explica Scarlett Rocha.

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília  — Foto: Divulgação

Simulação virtual de instalação para festival Flutua, no Parque da Cidade, em Brasília — Foto: Divulgação

festival Flutua ocorre de 1º a 30 de outubro, com mais de 100 sessões de filmes, além de espetáculos de teatro infantil e música ao vivo inspirada na trilha sonora de filmes e bandas de jazz.

Os ingressos custam de R$ 70 a R$ 160, preço para duas, três ou quatro pessoas. As vendas estão abertas no site Furando Fila.

Essência PicniK

Espaço de oficina e gastronomia Infinu na Asa Sul  — Foto: Luara Baggi/Divulgação

Espaço de oficina e gastronomia Infinu na Asa Sul — Foto: Luara Baggi/Divulgação

O Picnik sempre foi definido como um evento que “é a cara de Brasília”. Além da entrada gratuita, em espaços abertos, reunia milhares de pessoas em torno da gastronomia, da música e do empreendedorismo local.

Neste ano, por causa da pandemia do novo coronavírus, não houve Picnik, em seu formato convencional. No entanto, os idealizadores realizam, neste fim de semana, oficinas presenciais e online.

A programação inclui as temáticas produção de acessórios e empreendedorismo LGBTQIA+. Além disso, no domingo (20), tem tour de bicicleta por pontos turísticos de Brasília –limitado a 15 pessoas, com bike compartilhada – às 14h30 e às 15h30.

Os interessados, podem se cadastrar pelo número (61) 99320-9123 e na rede social da Nós – Mercado Criativo.

Clientes no espaço da comunidade criativa Infinu, na Asa Sul, em Brasília — Foto: Luara Baggi/Divulgação

Clientes no espaço da comunidade criativa Infinu, na Asa Sul, em Brasília — Foto: Luara Baggi/Divulgação

As oficinas também vão até domingo (20) na Infinu, comunidade criativa localizada na quadra 506, da W3 Sul. Elas são gratuitas e tem número limitado de participantes, a depender da atividade. As inscrições são feitas presencialmente, na Infinu.

O espaço, que inclui gastronomia e lojas, foi adaptado para receber pessoas respeitando o distanciamento e seguindo as regras estabelecidas por bares e restaurantes, explica Miguel Galvão, um dos coordenadores do PicniK e do projeto de oficinas.

“Somos uma comunidade que tem cerca de 70 marcas fazendo parte, desde operações estruturadas de gastronomia, lojas de moda, até pessoas que estão vendendo tela, trabalhos mais artesanais”, conta Miguel.

Aferição de temperatura no espaço da comunidade criativa Infinu, na Asa Sul, em Brasília — Foto: Luara Baggi/Divulgação

Aferição de temperatura no espaço da comunidade criativa Infinu, na Asa Sul, em Brasília — Foto: Luara Baggi/Divulgação

Ele explica que a programação foi distribuída em quatro dias, em horários extensos, para garantir medidas sanitárias. Além disso, haverá lives das apresentações para quem quiser aproveitar de casa.

“Nós não queremos criar aglomeração, e só entra quem estiver usando máscara”, diz Miguel.

A ação recebeu o nome de “Semana da Primavera na Infinu”, em homenagem à estação que se inicia na próxima terça-feira (22). A ideia tem como referência a celebração da renovação da natureza, dizem os organizadores.

“Uma das oficinas, inclusive, aborda como transformar flores em acessórios”, explica Miguel Galvão.

Clientes no espaço da comunidade criativa Infinu, na Asa Sul, em Brasília — Foto: Luara Baggi/Divulgação

Clientes no espaço da comunidade criativa Infinu, na Asa Sul, em Brasília — Foto: Luara Baggi/Divulgação

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News