Doutor, preciso aumentar minha imunidade. O que devo fazer?
Alimentação adequada e balanceada, hidratação e proteção da pele com protetor solar são formas simples de preservar a integridade

Certamente, esta é uma das perguntas que mais frequentes em consultórios médicos, principalmente em momentos que precedem surtos e epidemias.
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Com muita frequência, pacientes chegam em consultórios médicos com dezenas de examessolicitados por diferentes profissionais, sacolas de complexos vitamínicos e de medicamentos teoricamente voltados à melhoria da imunidade, refletindo um estado de absoluta insegurança diante de seus problemas do dia a dia, ou de sintomas os quais não consegue expressar com clareza.
Além disso, os mesmos mecanismos que normalmente nos protegem contra infecções e eliminam substâncias estranhas são, em algumas situações, eles próprios, capazes de causar lesões aos nossos tecidos e órgãos. Trata-se do que podemos chamar de “fogo amigo”, por vezes tão letal quanto o próprio microrganismo causador do processo infeccioso.
A evolução da imunologia como disciplina experimental tem dependido da nossa capacidade de entender e manipular a função do sistema imune sob condições controladas. Historicamente, o primeiro exemplo claro disso e que persiste entre os mais marcantes jamais registrados, foi a vacinação bem-sucedida contra varíola, feita por Edward Jenner no século 18.
O Tratado de Jenner sobre vacinação (do latim vaccinus, que vem das vacas), foi um marco histórico publicado em 1798. O livro introduziu a aceitação generalizada deste método para produzir imunidade a doenças infecciosas. Um testemunho eloquente quanto a importância e o progresso da imunologia foi o anúncio feito pela Organização Mundial de Saúde, em 1980, de que a varíola era a primeira doença infecciosa erradicada em todo o mundo por um programa de vacinação.
Possuímos dois tipos de imunidade: inata e adquirida
Os principais componentes da imunidade inata são: barreiras físicas e químicas, tais como os epitélios e a substâncias antimicrobianas produzidas na superfície das células epiteliais; as proteínas sanguíneas, incluindo membros do sistema do complemento e outros mediadores da inflamação; células responsáveis por eliminar microrganismos e células defeituosas(neutrófilos e macrófagos) e até mesmo as bactérias que colonizam a nossa pele e mucosas intestinais fazem parte de nossa imunidade natural. A capacidade dos micróbios de romper com essa primeira linha de defesa é conhecido como virulência ou capacidade de resistir aos mecanismos de imunidade inata.
As características desta modalidade são: notável especificidade para distintas moléculas; a especialização, capacitando-as a responder de modo particular aos vários tipos de micróbios; e sua capacidade para lembrar de responder mas vigorosamente as repetidas exposições ao mesmo micróbios.
Em razão dessa capacidade de distinguir entre diferentes micróbios, é também chamada de imunidade específica. Os componentes da imunidade específica são os linfócitos e seus produtos, os anticorpos. A substâncias estranhas que induzem respostas imunes específicas ou são os alvos dessas respostas são chamados antígenos.
Para que isto aconteça, é necessário que uma substância, conhecida com insulina, produzida pelo pâncreas, promova a entrada da glicose para o interior das células. Pessoas diabéticas não têm níveis adequados de insulina para que as células funcionem de forma adequada. Desta maneira, podemos entender o motivo pelo qual diabéticos são mais propensos a desenvolver infecções.
Evitar o que agride as nossas mucosas respiratórias também é básico, como eliminar o hábito de fumar.O cigarro irrita as vias aéreas e nos torna mais vulneráveis a infecções respiratórias. Além disso, infecções respiratórias em fumantes ativos ou passivos (pessoas que vivem com fumantes), são sempre mais graves e difíceis de se tratar.
Não é incomum atendermos atletas com infecções recorrentes, cuja origem é o excesso de atividade física. Neste casos, o repouso e o descanso são fundamentais. Um bom programa de treinamento sempre privilegia o descanso como parte fundamental do condicionamento físico.
Em geral, precisamos de cerca de 35ml por quilo de peso. Por exemplo, um indivíduo adulto de 80 quilos deve tomar 2,8 litros de água por dia. Entretanto, essa quantidade pode variar conforme o funcionamento dos rins, tipo de atividade física exercida ao longo do dia, temperatura ambiente etc.