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Deputado Chico Vigilante fala sobre CPI na CLDF. “Vamos continuar no mesmo ritmo”

Deputado Chico Vigilante fala sobre CPI na CLDF. “Vamos continuar no mesmo ritmo”

Guará DF, 24 de abril de 2023

Por Walder Galvão, g1 DF

Adaptações

Alexandre Torres

Guará News

 

possibilidade da formação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional, para apurar os atos golpistas do dia 8 de janeiro em Brasília, não vai afetar a investigação aberta pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), diz o presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF. Segundo Chico Vigilante (PT), não haverá mudanças no trabalho de apuração dos deputados distritais.

O parlamentar afirma que o trabalho continuará “no mesmo ritmo”. Ao g1, Chico Vigilante falou sobre os próximos passos da CPI e se a formação de uma CPMI pode impactar no trabalho dos distritais.

O deputado também afirma que é preciso apurar o motivo pelo qual as imagens do general Gonçalves Dias no Palácio do Planalto, durante a invasão golpista, não foram divulgadas antes. O militar pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República após um vídeo mostrar que ele estava no local no dia das depredações.

De acordo com Vigilante, a demissão do general aumentou a possibilidade de formação de uma CPMI. O líder do o governo na Câmara José Guimarães (PT-CE), que era contra a investigação diz agora que se a comissão for criada, a base irá “ajudar”. Segundo Guimarães, partidos governistas serão “os primeiros” a indicar integrantes da comissão, caso ela seja instalada.

Chico Vigilante ainda falou sobre os seguintes pontos:

  1. Impactos da instalação de uma CPMI
  2. Próximos passos da CPI da Câmara Legislativa do DF
  3. Possibilidade da convocação de Ibaneis Rocha (MDB)

 

  • Leia a entrevista

 

Deputado Distrital Chico Vigilante (PT/DF) — Foto: Reprodução/TV Globo

Deputado Distrital Chico Vigilante (PT/DF) — Foto: Reprodução/TV Globo

Qual a sua avaliação sobre essa movimentação para a criação de uma CPMI no Congresso Nacional?

Chico Vigilante – Vamos continuar com o mesmo ritmo. Já tem uma lista de pessoas que foram convocadas e terão que comparecer. Vamos continuar no nosso ritmo normal. Não vai alterar nossas intenções.

 A CPMI enfraquece ou fortalece a CPI da CLDF?

Chico Vigilante – Para nós, não altera nada. Cada uma tem que cumprir um papel. Temos um objetivo único: de esclarecer a verdade.

 Qual a diferença entre a CPI da CLDF e a CPMI no Congresso?

Chico Vigilante – A federal pode convocar o governador Ibaneis Rocha (MDB), por exemplo. Nós não podemos. Porém, há uma decisão de tribunais superiores que governadores não têm a obrigação de comparecer.

 Qual sua avaliação sobre a situação do general Gonçalves Dias?

Chico Vigilante – O que estão dizendo é que aquelas imagens podem ter sido editadas. Portanto, devem ser apuradas para saber o contexto.

 Quais são os próximos passos da CPI na CLDF?

Chico Vigilante – Na próxima quinta (27), vamos ouvir um dos suspeitos de financiar o acampamento no QG do Exército. Ainda temos toda uma lista de depoimento aprovada.

Já conversei com o relator Hermeto (MDB) para, a cada oitiva, ir preparando o relatório. O prazo para conclusão da CPI é de 180 dias e não tenho intenção de pedir prorrogação.

Veja o calendário de depoimentos na CPI dos Atos Antidemocráticos na CLDF

  • 27 de abril: coronel Cintia Queiroz de Castro, subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  • 4 de maio: Adauto Lúcio Mesquita, empresário suspeito de financiar o acampamento no Quartel-General do Exército, em Brasília;
  • 11 de maio: coronel Fábio Augusto Vieira; ex-comandante-geral da PM;
  • 18 de maio: general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto;
  • 25 de maio: José Acácio Serere Xavante, indígena preso em 12 de dezembro, dia de ataques à sede da Polícia Federal, em Brasília.