Dengue: DF tem 43,9 mil casos prováveis e 42 mortes
Números são referentes a período entre 29 de dezembro e 8 de agosto. Aumento é de 21,4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Por Brenda Ortiz, G1 DF
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News
Residências em Vicente Pires, no DF, recebem mutirão da Vigilância Ambiental contra a dengue, em imagem de arquivo — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde
O Distrito Federal registou 43.941 casos prováveis de dengue entre 29 de dezembro de 2019 e 8 de agosto de 2020. Os dados constam do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF, divulgado na última sexta (21).
Conforme a pasta, houve um aumento de 21,4% no número de casos prováveis, na comparação com o ano anterior, quando foram registrados 36.192 casos prováveis. Até o último levantamento, o número de mortes chegava a 42 na capital do país.
De acordo com a pasta, Gama é a região com a maior taxa de incidência da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. O índice é de 3.234,09 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem as regiões de Sobradinho II (3.171,83/100 mil habitantes) e Sobradinho (3.059,09/100 mil habitantes). Na contramão, Sudoeste e Octogonal têm a menor incidência.
Óbitos
Nos últimos oito meses, 42 pessoas morreram. No mesmo período do ano passado foram 45 vítimas. Em 2020, a maioria dos casos (10) foi registrada no Gama. Os demais óbitos ocorreram nas seguintes regiões:
- Gama (10)
- Ceilândia (4)
- Samambaia (3)
- Planaltina (3)
- Vicente Pires (3)
- Recanto da Emas (2)
- Sobradinho (2)
- Guará (2)
- Sobradinho II (2)
- Lago Sul (2)
- Taguatinga (2)
- Santa Maria (2)
- Riacho Fundo II (1)
- Paranoá (1)
- Fercal (1)
- Águas Claras (1)
- Plano Piloto (1)
Ao todo, o DF registra 65 casos graves de dengue e 644 casos com sinais de alarme. Com o levantamento, é possível apontar que o DF está com “alta incidência” de casos.
Prevenção
Agente descarta focos do mosquito da dengue no DF — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
Para evitar a reprodução do Aedes aegypti em casa e, consequentemente, reduzir os ataques do mosquito, o Ministério da Saúde reuniu uma série de orientações. Confira abaixo:
- Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas da casa;
- Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
- Tampe os tonéis e caixas d’água;
- Mantenha as calhas sempre limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
- Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas sujas, por exemplo;
- Deixe portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
- Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
- Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
- Coloque areia nos vasos de plantas.