Estudo também alerta que ainda não se sabe o quão infeccioso o paciente pode ser durante a fase de recuperação do novo coronavírus

Um estudo italiano publicado no “British Medical Journal” sugere que pacientes do novo coronavírus realizem novos testes do tipo RT-PCR quatro semanas ou mais após o primeiro resultado positivo, ou 36 dias após os primeiros sintomas, já que o vírus pode levar em média 30 dias para desaparecer do corpo.

O objetivo dos testes semanas após o primeiro resultado positivo é minimizar o risco de que pacientes que ainda tenham vírus no corpo, mas que sejam considerados recuperados ou que não tenham sintomas, infectem outras pessoas.

Os cientistas acompanharam o progresso de 4.538 pacientes da Covid-19 na região de Emilia-Romagna, na Itália, todos com teste positivo entre 26 de fevereiro e 22 de abril, período de pico da pandemia no país europeu.

Cada paciente sobrevivente – 428 pessoas do grupo morreram – foi retestado três vezes durante o estudo: 15 dias após o primeiro teste RT-PCR positivo; 14 dias após o segundo resultado positivo; e 9 dias após o terceiro positivo.

Diante dos resultados, a pesquisa alerta que a ciência ainda não sabe o quão infeccioso o paciente de coronavírus pode ser durante a fase de recuperação.

Ao testar os pacientes diversas vezes durante a fase de recuperação, os cientistas observaram que a taxa de testes com resultados falsos negativos é relativamente alta no início infecção daCovid-19, assim, ocorrendo em um falso negativo a cada cinco testes.

Foto: Vincenzo Pinto/AFP

Fonte: G1

Adaptações: Alexandre Torres

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