Pular para o conteúdo
Início » Cidade inteligente! GDF integra rede brasileira de cidades globais

Cidade inteligente! GDF integra rede brasileira de cidades globais

GDF integra rede brasileira de cidades globais

Carta de compromisso foi oficializada no encerramento do I Fórum Nacional para Certificação de Cidades Inteligentes

JÉSSICA ANTUNES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Mais de 300 pessoas de diversos setores, nas esferas pública e privada, participaram do evento | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal agora faz parte de uma rede brasileira de cidades globais. Trabalhando para receber a certificação SO 37120, norma técnica referente à sustentabilidade urbana, o executivo local se comprometeu a contribuir com o alinhamento de conceitos que prevê criar políticas públicas para desenvolvimento sustentável, resiliente e humano Brasil afora. A oficialização da carta de compromisso encerrou o I Fórum Nacional para Certificação de Cidades Inteligentes, nesta quinta-feira (28).

Leia também

Certificação ISO 37120 tem previsão de sair em fevereiro

A iniciativa é conjunta com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB) e o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese).

Com a assinatura da carta, as partes assumem o compromisso de conjugar esforços para estruturação e implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano e da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes. Além disso, vão impulsionar o desenvolvimento de uma rede de cidades brasileiras com competências e certificações de equivalência global. A meta é viabilizar a certificação de 50 municípios até 2022, sendo cinco na Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride).

Entre outros pontos, o grupo vai compartilhar ferramentas informatizadas e servidores especializados para acelerar a implementação de boas práticas nos municípios e aperfeiçoar políticas públicas para facilitar a obtenção de indicadores-chave das certificações globais. A carta não envolve recursos financeiros nem gera encargos entre as partes.

Projeto-piloto de carros elétricos compartilhados foi um dos destaques do fórum | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

O diretor de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, João Mendes da Rocha Neto, explicou que foi realizado um chamamento de diversos atores públicos, acadêmicos e empresariais para elaborar a carta, de modo a nivelar conceitos. “A intenção é que, no final, a gente saia com uma visão minimamente alinhada de como o Brasil vai lidar com a pauta das cidades inteligentes”, resumiu.

De acordo com ele, a união de forças vai culminar em um plano de ação com elaboração de políticas públicas. “A ideia é que as instituições se corresponsabilizem pelo processo, criando um ambiente em que a sociedade possa alavancar e se ajudar na estruturação desse objetivo”, acrescentou.

Certificação

Apenas 111 países do mundo têm a certificação. Para conquistar o título, é necessário cumprir mais de cem requisitos, que nivelam conhecimento e premissas para que a cidade seja considerada apta a receber o título. São cinco categorias de certificação, estabelecidas pelo grau de transparência dos indicadores e suas políticas públicas de aprimoramento.

Na capital federal, uma auditoria autorizada pelo governador Ibaneis Rocha vai conferir se a cidade conseguiu cumprir todas as exigências necessárias para a titulação. Se tudo correr como esperado, a expectativa é de que até fevereiro Brasília seja coroada como primeira unidade inteligente do Brasil.

Para isso, o GDF investe em tecnologia e inovação, com políticas públicas eficientes aliadas a ações sustentáveis. Entre ações de destaque está a integração digital do sistema de saúde, instalação de câmeras de segurança, o programa Wi-Fi Social e o projeto-piloto de carros elétricos compartilhados.

Cidades inteligentes, sustentáveis e humanas

O conceito de cidade inteligente envolve tecnologias digitais aplicadas em estratégias para o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. Em dois paineis, o fórum tratou do planejamento de cidades criativas em termos de preocupação com meio ambiente e sustentabilidade, com foco nas pessoas.

“Os tempos mudaram. Estamos diante de uma nova realidade e isso faz com que nós, do governo, pensemos de forma diferente para enfrentar desafios de serviços públicos de uma cidade que precisa ser eficiente e estar conectada a essa nova realidade”, apontou o secretário de Desenvolvimento e Habitação do DF, Mateus Oliveira.

Assim, diz Mateus, entender as transformações deve ser o norte nos governos para refletir programas e projetos visando o futuro. Nesse sentido, o chefe da pasta revelou que o GDF trabalha em um projeto-piloto que possibilitará o uso da inteligência artificial para melhorar o processo de aprovação de projetos arquitetônicos.

Só é possível acelerar a aprovação de projetos com segurança se tivermos normas objetivas. requisitos claros, parâmetros objetivos para facilitar a vida do agente público e do interessado, arquiteto, empreendedorMateus Oliveira, secretário de Desenvolvimento e Habitação do DF

O Fórum

Organizado pelo Codese-DF e apoiado pelo GDF, o I Fórum Nacional para Certificação de Cidades Inteligentes teve participação de mais de 300 pessoas de diversos setores, nas esferas pública e privada. A programação de dez horas de conteúdo foi dividida em sete paineis, com mais de 20 palestrantes e mediadores, e representantes do poder público e da iniciativa privada.

Além de tratar de Brasília como uma iminente cidade inteligente, o evento tratou das tecnologias aplicadas ao desenvolvimento sustentável,  das especificidades da região do DF, e das experiências, desafios, estratégias e caminhos para viabilizar Smart Cities.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News