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Casos de dengue no Guará e em todo DF preocupam mesmo com atitudes de emergência do GDF

Casos de dengue no Guará e em todo DF preocupam mesmo com atitudes de emergência do GDF

Guará está em terceiro lugar em casos de dengue no DF, moradores estão apreensivos com número de casos e infestação dos mosquitos que já marcaram quadras pares com muitas pessoas infectadas, da QE 24 até a 38  do Guará 2 a situação é preocupante, a QE 40 não fica de fora, atenção total de todos os moradores será importante para evitat novos casos. 

Vítima de dengue no DF em 2020 tinha 65 anos, morador do Guará.

DF teve 1.419 casos confirmados da doença no primeiro mês do ano. Em janeiro de 2019, foram registradas 730 ocorrências. Governo decretou situação de emergência na rede pública pelo risco de epidemia.

O Distrito Federal registrou 1.419 casos de dengue no primeiro mês do ano. O número representa aumento de 84,1% em relação ao mesmo período de 2019, quando houve 730 ocorrências da doença. Desse total, 1.296 são de residentes do DF. A região de Sobradinho 2 é a que apresenta a maior incidência, com 113 casos, seguido de Sobradinho (109), Guará (105) e Gama (103). Entre as notificações confirmadas, três foram classificadas como graves e 27 com sinais de alarme (sintomas mais fortes). Houve ainda um óbito, no Guará.

 

 

A dona de casa Sirleide da Conceição Silva, 56 anos, perdeu o marido para a dengue em 18 de janeiro. O funcionário público Antônio Valdeci Carneiro, 65, começou a sentir febre e dores nas juntas quatro dias antes de falecer. “Na terça-feira de madrugada, o médico deu o diagnóstico de dengue hemorrágica, e ele foi internado imediatamente. Começou a tomar soro, fez o que pôde, mas não resistiu”, lamentou Sirleide.

O casal morava na QE 26, no Guará 2. A região está entre as que apresentam maior incidência da doença. No total, foram 103 casos de dengue contabilizados só em janeiro. Sirleide conta que sempre tomou as devidas precauções para combater o mosquito na residência. “Aqui (Guará), o problema está nos matos altos e na quantidade de poças que existem. O pior é que não vejo ninguém tomar providência. Precisamos combater esse mosquito o mais rápido possível, antes que ele se alastre e destrua mais famílias, assim como devastou a minha. Meu marido era meu companheiro, amigo, e tinha acabado de se aposentar, mas não conseguiu aproveitar esse tempo.”

Dor e fadiga

A assistente administrativa Camilla Cristina Pereira, 25, também mora no Guará 2 e integra a estatística dos casos da doença notificados. Ela contraiu o vírus da dengue na quarta-feira passada. “Comecei a sentir muita dor de cabeça e nas costas. A febre veio depois. Até então, não sabia que poderia ser dengue, mas senti dor atrás dos olhos e desconfiei”, afirmou.

 

Camilla logo procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante, onde confirmou o diagnóstico da doença. “Não sinto ânimo para nada, nem para levantar da cama. Sinto-me cansada e estou à base de dipirona, paracetamol e bastante água”, ressaltou. Ela acredita que pode ter sido picada pelo mosquito na própria casa. “Eu sempre tampo os baldes de água quando chove. Nunca deixo água parada. Mas antes de eu ficar doente, fui olhar os ralos e estava cheio de larvas. Imagino que possa ter sido isso.”

DF registra 1.419 casos prováveis de dengue em janeiro de 2020

Região com maior número de casos é a Norte, que envolve Sobradinho e Fercal

AGÊNCIA BRASÍLIA *

O Distrito Federal registrou 1.419 casos prováveis de dengue nas primeiras semanas de janeiro deste ano. Do total, 1.296 (91,33%) são de moradores do DF. Os dados são do último Boletim Epidemiológico e foram apresentados pelos gestores da Secretaria de Saúde, nesta sexta-feira (31), em coletiva de imprensa realizada no auditório da pasta.

Houve um aumento de 84,1% de casos, se comparado ao mesmo período de 2019. A região de Saúde com maior índice é a Norte, que envolve Sobradinho e Fercal, com 338 casos. Depois é a Sudoeste, com 200 registros e a Região de Saúde Sul, com 170 casos.

“Janeiro já é um mês de sazonalidade do mosquito e é esperado que tenha um aumento no número de casos, porque é cíclico. Além disso, neste mês tivemos um volume de chuvas maior que no ano passado. Por isso é fundamental o papel da população para ajudar nesse combate”, explicou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares.

Apesar das medidas já adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para impedir o avanço do Aedes aegypti, como a abertura do processo seletivo para contratar 600 agentes comunitários e de vigilância ambiental, instalação de salas de hidratação oral e venosa em unidades de saúde, além do suporte do Corpo de Bombeiros para instalar armadilhas contra o Aedes, é necessária mais conscientização da população, de acordo com Tavares.

“É um trabalho conjunto e precisamos muito do apoio da população, porque 90% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios. A população precisa se engajar para trabalharmos unidos. Devem verificar seus quintais, tirar a água acumulada, porque a dengue tem atacado muitas pessoas em idade produtiva”, ressaltou o secretário adjunto.de

Casos

Uma pessoa morreu com a doença, ao todo, foram registrados três casos graves. Houve, ainda, 27 casos de dengue com sinais de alarme. O óbito registrado é de um morador da Região de Saúde Centro-Sul, que engloba Guará, Estrutural, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II e Park Way.

As crianças menores de um ano de idade e as pessoas com mais de 50 anos foram as mais atingidas pela doença. Em 2019, sete bebês foram diagnosticados com a doença. Neste ano, o número subiu para 13. No grupo das pessoas mais velhas, o número passou de 135 diagnosticados no ano passado para 417 em 2020.

Contudo, a expectativa para este ano é que os casos possam diminuir ou se tornarem mais graves. “2019 foi um ano atípico no DF. Tivemos a introdução de um novo sorotipo, tipo II, que é uma dengue mais agressiva, mais complicada. Felizmente, neste ano, a circulação maior tem sido o do sorotipo I, menos grave, que é mais fácil para se prevenir”, informou o gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica, Fabiano Martins.

Outras Doenças

O Boletim Epidemiológico também apresenta dados de chikungunya, com um caso confirmado da doença; zika, com 12 casos prováveis registrados; e febre amarela, que teve quatro casos notificados, sendo dois em moradores do DF. Um já foi descartado e o outro segue em investigação.

Prevenção

Durante todo o ano, a Vigilância Ambiental realiza um trabalho constante de visita às residências e locais com prováveis focos do mosquito Aedes aegypti, trazendo informações e orientações para os cuidados preventivos no enfrentamento da doença.

São realizados manejos ambientais com coleta de inservíveis dos imóveis, aplicação de fumacê, educação ambiental, mobilizações sociais em feiras, escolas, shopping, unidades de saúde e escolas.

“Para 2020, a Secretaria de Saúde e demais órgãos do GDF, terão uma intensificação maior ainda dos trabalhos, com participação mais efetiva na Sala Distrital para discutimos as ações e os resultados. Assim, esperamos que esse ano seja mais tranquilo”, informou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero.

Além das ações de controle vetorial, há um monitoramento semanal dos casos suspeitos de dengue, com sinais de alarme, casos graves e óbitos, que subsidia a tomada de decisão e o desencadeamento de ações.

* Com informações da Secretaria de Saúde

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

 

Força-tarefa

No último fim de semana, a pasta promoveu um dia de combate à dengue no Guará, São Sebastião, Sobradinho, Fercal e Planaltina. Ao todo, mil imóveis foram inspecionados pelos bombeiros.

Na parte de assistência, a Secretaria de Saúde tem estruturado a hidratação nas unidades básicas de saúde (UBS), com disponibilidade de insumos para as modalidades oral e venosa, para oferecer maior resolutividade e reduzir as remoções de pacientes aos hospitais. Com isso, também pretende-se diminuir as complicações das doenças causadas pelo Aedes.