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Caso que revoltou a cidade, polícia prende acusado de tentativa de homicídio por racismo e homofobia

Polícia prende acusado de tentativa de homicídio por racismo e homofobia

Vítima foi espancada, agredida e insultada por sua orientação sexual. Outros seis indivíduos, incluindo quatro menores de idade, têm envolvimento no crime


Vítima foi agredida e esfaqueada 17 vezes pelos criminosos, no dia 7 de outubro(foto: Fernando Lopes/CB/D.A Press)

Um homem acusado de tentativa de homicídio qualificado por racismo homotransfóbico foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na sexta-feira (8/11). O indivíduo é um dos acusados de espancar e esfaquear um jovem de 23 anos no dia 7 de outubro, no Lago de Brazlândia.

A 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) identificou sete envolvidos no ocorrido, sendo três adultos e quatro adolescentes. Na sexta-feira, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar contra os acusados maiores de idade.
Segundo a investigação, a vítima foi abordada inicialmente por três indivíduos que, sem motivo aparente, iniciaram provocações, inclusive com referência à orientação sexual do jovem. Após dar as costas para o grupo, a vítima recebeu o primeiro golpe de faca. Diante desse golpe, revidou. Os demais indivíduos, então, passaram a agredi-lo fisicamente com chutes, socos e pisões.
Um dos amigos da vítima tentou ajudá-la, mas também foi agredido. No total, a vítima teve dezessete perfurações. A investigação apontou ainda que durante as agressões, a sua orientação sexual foi abordada diversas vezes, com o pronunciamento de palavras ofensivas. A vítima conseguiu fugir ao entrar em um veículo de um conhecido que estava no local e se dirigiu para o Hospital de Brazlândia (HRB).
A delegacia realiza demais diligências para prender os outros acusados, que têm de 18 e 20 anos de idade e estão foragidos. O grupo responderá por tentativa de homicídio qualificado por racismo homotransfóbico e pela impossibilidade de defesa da vítima, além do crime de corrupção de menores. Os adolescentes envolvidos serão investigadas pela Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA), que foi comunicada do caso.
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News