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Depredação de patrimônio público! assim não. Ativistas jogam tinta preta na entrada do Palácio do Planalto; 17 foram detidos

Por Carolina Cruz, G1 DF

Ativistas jogam tinta preta na frente do Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1Ativistas jogam tinta preta na frente do Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1

Ativistas jogam tinta preta na frente do Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1

Ativistas ambientais do Greenpeace jogaram tinta preta na entrada do Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (22). O ato simula as manchas de óleo que, desde setembro, atingem o litoral nordestino.

Por volta das 10h30, 17 manifestantes foram detidos. O grupo foi levado para delegacia após o DF Legal – órgão de fiscalização do governo local – notificar os organizadores por descarte irregular de lixo em área pública (entenda abaixo).

Ativistas do Greenpeace foram levados para 5ª Dp, na Asa Norte — Foto: Carolina Cruz/TV GloboAtivistas do Greenpeace foram levados para 5ª Dp, na Asa Norte — Foto: Carolina Cruz/TV Globo

Ativistas do Greenpeace foram levados para 5ª Dp, na Asa Norte — Foto: Carolina Cruz/TV Globo

Vestido de preto, o grupo levantou faixas com críticas à “lentidão” do governo federal para conter as manchas nas praias. Os manifestantes posicionaram barris em frente à sede da Presidência da República – simulando recipientes de petróleo – e espalharam areia sobre uma lona azul, para representar o mar. Em seguida, despejaram um líquido preto, mistura de óleo e tinta.

Em nota, a Presidência da República afirmou que não vai comentar o ato. O Ministério do Meio Ambiente disse que houve “depredação do patrimônio público”.

“Não bastasse não ajudar no esforço de limpeza das praias, o Greenpeace ainda depreda patrimônio público.”

Ativistas simulam manchas de óleo em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1Ativistas simulam manchas de óleo em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1

Ativistas simulam manchas de óleo em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1

O protesto

Cerca de 20 pessoas participaram da manifestação. O porta-voz de clima e energia da ONG, Tiago Almeida, afirma que o objetivo é “chamar a atenção das autoridades e da população para a importância da gestão responsável dos recursos ambientais”.

“O governo precisa colocar em prática, de maneira efetiva e correta, o Plano Nacional de Contingência, combater esse óleo e proteger as populações que estão sendo afetadas”, disse. “As pessoas estão colocando a própria saúde em risco.”

“Precisamos encontrar o local de origem desse óleo e entender o que está acontecendo.”

O grupo chegou por volta das 8h e montou um telão próximo à Praça dos Três Poderes. Eles aguardaram o hasteamento da bandeira, que ocorre todos os dias em frente à sede do governo, para iniciar o ato.

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  • No local, imagens retrataram o desmatamento e as queimadas que atingem a Amazônia. As fotos alternavam com frases como “Brasil manchado de óleo” e “Pátria queimada Brasil”.

    Queimadas

    Ativistas do Greenpeace reuniram galhos queimados na frente do Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1

    Ativistas do Greenpeace reuniram galhos queimados na frente do Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Carolina Cruz/G1

    Os manifestantes também empilharam galhos de árvores que restaram de incêndios ocorridos na Amazônia Legal. Os troncos foram amarrados nas cercas do Palácio do Planalto.

    Seguranças da Presidência tentaram impedir a instalação, mas não conseguiram.

    Multa

    Após o ato, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística foi chamada para medir o espaço ocupado pela instalação montada pelos ativistas. Ao G1, a equipe técnica do DF Legal informou que o Greenpeace devem responder por “descarte irregular de resíduo em área pública”.

    A medição preliminar indicou que a instalação montada nesta quarta (22) pelos ativistas ocupou 4,30 metros quadrados. O valor a ser cobrado ainda será calculado e deve levar em conta o volume e o tipo de lixo.

    Além de madeira e a mistura de tinta com óleo, barris de plástico, areia, faixas e lonas foram deixados no local.

    Adaptações: Alexandre Torres

    Guará News