Ano Novo chinês: comunidade oriental no DF celebra com festa e comidas especiais
Com base no calendário lunar, Ano do Rato começa neste sábado (25). Conheça o significado da data para os chineses que vivem em Brasília.
Por Carolina Cruz, G1 DF
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News
Mestre Moo Shong Woo na Praça da Harmonia Tradicional, na Asa Norte — Foto: Carolina Cruz/G1
Em terras brasilienses, a comunidade chinesa se encontra todos os anos, nesta data, para celebrar. Assim como na China, por aqui a festa também começa ainda na véspera.
Jantares costumam reunir famílias de descendentes chineses, com suas várias gerações. São convidados desde aqueles que estão na capital há décadas, até quem acabou de chegar. O guioza – uma espécie de pastel, que pode ser frito ou cozido, com recheio de carne de porco – não pode faltar.
Para o mestre de Taiji, Moo Shong Woo, conhecido como Mestre Woo, o ano que começa neste sábado será de prosperidade.
“O rato é um bicho esperto que simboliza um ano de oportunidades.”
Prato de comidas típicas chinesas, incluindo o guioza — Foto: Carolina Cruz/G1
Há mais de 40 anos, Mestre Woo transformou a entrequadra da 104/105 Norte em um espaço destinado à prática de Tai Chi Chuan e Being Tao. São exercícios que trabalham o equilíbrio, fortalecem o corpo melhoram a postura e a flexibilidade, conhecidos também como “meditação em movimento”.
Completando 89 anos de idade em 2020, o médico chinês, nascido em Taiwan, contou ao G1 que no país de origem a família dele comemorava o Ano Novo – que é um momento de reencontro – durante até 15 dias.
“O Ano Novo dos chineses é o momento de estar junto da família.”
Mestre Woo chegou ao Brasil em 1961 e logo veio para Brasília, ainda nos primeiros anos de vida da capital. Aqui, o filho dele seguiu os passos do pai.
Médico da rede pública do DF, Aristein Woo cresceu em Taguatinga e começou a dar aulas de Tai Chi Chuan aos 19 anos. Hoje, aos 49 anos, ele participa do projeto que leva o Tai Chi para os hospitais públicos.
Prática de Tai Chi Chuan na Praça da Harmonia Tradicional, na Asa Norte — Foto: Carolina Cruz/G1
O trabalho profissional com a prática, para ele, é um dos legados culturais que o acompanhou ao longo da vida.
“Eu tinha [durante a criação] todos os hábitos orientais: a alimentação [típica], os hábito diários de caminhar diariamente e as artes”, exemplifica.