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Alimentação é fundamental na visão do GDF. Referência em escolas públicas no mundo

Alimentação é fundamental na visão do GDF. Referência em escolas públicas no mundo

Brasília. 18 de abril de 2023

Delegação do Congo visitou escolas da rede pública para conhecer, na prática, os detalhes do Pnae

Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

Adaptações

Alexandre Torres

Guará News

Redação Guará News

 

A alimentação escolar do Distrito Federal é referência mundial e é exemplo para outros países que buscam formas de melhorar a merenda que os alunos recebem na escola. Na semana passada, uma delegação da República Democrática do Congo desembarcou em Brasília para conhecer, na prática, o Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), que garante refeições saborosas, balanceadas e variadas nas escolas públicas da capital federal.

O grupo, formado por 17 líderes do governo do país africano, visitou o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Polivalente, da Asa Sul, e o Centro Educacional (CED) Pipiripau II, no Núcleo Rural de Planaltina. Os representantes conheceram também pequenos agricultores e foram ao Centro de Distribuição de Alimentos (Ceasa).

Chefe da delegação, a ministra de Assuntos Sociais, da Solidariedade e da Ação Humanitária do Congo, Irene Kimbatsa, explicou que o governo congolês pretende implementar no país um programa semelhante ao Pnae. “Essa troca de conhecimentos relativos ao programa de alimentação escolar no Brasil é muito importante para o Congo”, disse. A delegação aproveitou, ainda, para saborear a famosa galinhada, que se tornou carro-chefe na alimentação das escolas públicas. “Está uma delícia!”, aprovou a ministra.

O paladar do lanche servido no DF agradou a comitiva congolesa | Foto: SEE/Divulgação

O subsecretário de Apoio às Políticas Educacionais da Secretaria de Educação (SEE), Nivaldo Vieira Félix, também participou da visita às escolas e ressaltou que, no DF, os pratos da merenda escolar são ricos em alimentos orgânicos e proteínas. “Nos tornamos referência para o Brasil por meio da participação da agricultura familiar com a inclusão de alimentos orgânicos, frutos do cerrado e ampliação de proteínas. Ter esse projeto como espelho para um país carente como o Congo é algo que nos enche de alegria”, afirmou.

“A chave mestra do Pnae do DF hoje é a nossa equipe técnica de nutricionistas. Sem eles não existe alimentação escolar eficaz e de qualidade”,  contou Félix. Os nutricionistas são responsáveis por elaborar os manuais de boas práticas de fabricação, a sugestão de cardápios e os procedimentos operacionais padrão para todas as unidades escolares públicas.

Alimentação escolar no Congo

“Ter esse projeto como espelho para um país carente como o Congo é algo que nos enche de alegria”Nivaldo Vieira Félix, subsecretário de Apoio às Políticas Educacionais

A alimentação escolar foi introduzida na República do Congo em 2001 como um instrumento-chave para atingir os objetivos de saúde escolar, nutrição, educação e incentivo da produção local de alimentos. O governo congolês declarou a escolarização gratuita em 2007 para reduzir os custos para as famílias.

Nos últimos anos, o governo do Congo tomou uma série de medidas para incorporar a alimentação escolar às estruturas políticas nacionais e fortalecer a capacidade institucional e a coordenação. Em 2016, criou uma política nacional de alimentação escolar com o objetivo de combater a fome e implementar um programa nacional de alimentação escolar que beneficie todas as crianças das escolas primárias públicas até 2025.

A República do Congo tornou-se membro da Coalizão para Alimentação Escolar em agosto de 2021 e participou, no final de 2022, da Cúpula da Educação Transformadora, além de lançar um relatório sobre o estado da educação no país. Na cúpula, o governo congolês se comprometeu a fornecer alimentação escolar nutritiva e equilibrada a todas as crianças vulneráveis, melhorando o acesso à educação de qualidade, à saúde, ao crescimento e ao desenvolvimento psicossocial.

*Com informações da Secretaria de Educação