A cidade cultural. Guará tem várias atividades neste final de semana, forró, Reggae e muito mais, conheça a história destes gêneros musicais
Guará DF, 10 de março de 2023
Agora na QE 30 muita animação. participe.
SEXTOU
Da redação – por
Alexandre Torres
Guará News
A origem do Forró se deu, em Pernambuco, nos anos 1930. Porém, foi só vinte anos mais tarde, na década de 1950, que ele se popularizou realmente. O responsável por isso foi o compositor e cantor Luiz Gonzaga (1912–1989). Ele gravou, em 1949, a música “Forró de Mané Vito” que fez grande sucesso no Nordeste
Como surgiu o forró?
Sua origem tem relação com bailes populares que eram realizados no final do século XIX e eram chamados de “forrobodó”, “forrobodança” ou “forrobodão”.
Naquele tempo era preciso molhar o piso do local onde essas festas aconteciam, pois eles eram feitos de “chão batido”, ou seja, não havia revestimento, somente terra.
As pessoas costumavam dançar arrastando os pés a fim de evitar que a poeira levantasse, daí o termo rastapé ou arrasta-pé.
Também foram encontradas semelhanças entre esse estilo de dança e o toré – celebração indígena onde em dado momento ritualístico os indivíduos arrastam os pés nos chão.
Há ainda certa influência de ritmos holandeses e portugueses, além das danças de salão europeias.
O nome forró sugere algumas hipóteses. O historiador e folclorista Câmara Cascudo sugere que o termo mais provável seja uma derivação do termo “forrobodó”.
Tal termo, por sua vez é uma variante galego-portuguesa do antigo vocábulo forbodó, originado a partir da palavra francesa faux-bourdon, que pode significar “desentoação”.
Origem do nome forró
O nome forró sugere algumas hipóteses. O historiador e folclorista Câmara Cascudo sugere que o termo mais provável seja uma derivação do termo “forrobodó”.
Tal termo, por sua vez é uma variante galego-portuguesa do antigo vocábulo forbodó, originado a partir da palavra francesa faux-bourdon, que pode significar “desentoação”.
Outra suposição – sem comprovação histórica – é que tal nome teria sido criado a partir de uma expressão inglesa.
Segundo essa teoria, os engenheiros britânicos que se fixaram na região de Pernambuco durante a instalação da ferrovia Great Western, costumavam promover festas para figuras ilustres.
Entretanto, em determinados momentos, tais eventos eram abertos ao público e levavam em seus convites o termo for all, que quer dizer “para todos” em português. O povo local começou a pronunciar então “forró”.
Mas foi apenas em 1950 que se começou a usar de fato o nome “forró”. Pois, um ano antes, o cantor e compositor Luiz Gonzaga gravou a música “Forró de Mané Vito“, produzida em conjunto com Zé Dantas. Em 1958, outra canção do músico chamada “Forró no Escuro“, também fez muito sucesso.
Apesar da popularidade alcançada com os sucessos desse ícone da música, o que realmente difundiu o estilo pelo Brasil foi a migração nordestina para outros estados do país, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970.
Atualmente, o forró é apreciado em todo o Brasil e celebrado no dia 13 de dezembro, data de nascimento do sanfoneiro Luiz Gonzaga.
Forró como gênero musical
Esse estilo musical é popularmente associado a outros gêneros: o xote, o xaxado e o baião. Neles, a base instrumental utilizada é a sanfona, o triângulo e a zabumba.
É chamados também de forró tradicional ou forró pé-de-serra e seus maiores representantes são Luiz Gonzada, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Sivuca.
A partir dos anos 80, o forró sofreu algumas modificações. Nessa época, foram introduzidas também a bateria, a guitarra e o baixo elétrico.
Já na década de 1990, outros elementos foram incorporados por algumas bandas, como o teclado e o sax, e a zabumba foi retirada. Esse subgênero passou a ser chamado de forró eletrônico ou estilizado e sofreu críticas por estar transformando o forró tradicional em um produto superficial da indústria cultural.
Nos anos 2000, esse tipo de música ganhou nova repaginada e surgiu na forma do forró universitário, que acrescentava ao estilo original algumas mudanças instrumentais.
O forró é dançado em pares em posição de abraço fechado, com os parceiros de frente um para o outro, usando contato corporal total ou parcial.
Dependendo do estilo de música tocada – baião, xote, xaxado, forró universitário ou eletrônico – a maneira de dançar também é alterada.
Sábado tem Reggae as Flores no Guará I
No sábado, 11 de março de 2023, a partir das 14hs, acontecerá o Reggae as Flores, edição Dia das Mulheres, na Área Verde da Entrada da QI 02, no Guará I, ponto de referência estacionamento em frente ao Conjunto I.
O Reggae as Flores é um evento beneficente, filantrópico e comunitário na luta do empoderamento das mulheres, por meio da cultura, grande difusor de informações, principalmente dos direitos femininos.
Durante a manifestação cultural diversos artistas do cenário regueiro da nossa cidade, que é considerada a “Cidade do Reggae no Distrito Federal” e convidados, estarão animando esse sábado de comemoração ao “Dia Internacional da Mulher”, elemento tão importante na construção de um pensamento justo e equalitário.
Entre eles destaque para a DJ Thuylla, o Guará Soundsystem, com os DJ’s Micro 061, Nader e Lion, Mantendo a Identidade, Rafa King Zulu,
Duende Lochness, Lelo Youth e o Batidão Sonoro S/A. Além de uma exposição com parte do acervo do Sindicato do Reggae que é uma das maiores coleções sobre Bob Marley e o universo do reggae music no mundo.
A manifestação cultural é uma promoção da Di_Rocha Produções e apoio da Administração do Guará, da Prefeitura da QE/QI02, da Lion Sound, da Rádio Guará WEB e da Interakt Films, em prol do fortalecimento da cultura, da afirmação da música negra e da mulher. Um evento de paz, harmonia e muita alegria animada, pelo reggae music e pela cultura urbana produzida no Guará.
Good vibes feat. justiça social na história do Reggae Roots ☮
Quer conhecer o ritmo que une paz, amor e vibrações positivas, mas sem perder de vista a justiça social? Então, vem com a gente fazer uma imersão pelas raízes que deram vida à história do Reggae.
Muito além do estilo “rasta” com os dreadlocks, falaremos sobre a conexão da música com a filosofia rastafári. Afinal, muitos artistas de Reggae são adeptos desse movimento judaico-cristão, inclusive o ícone Robert Nesta Marley.
Sim, isso mesmo: estamos falando de ninguém mais, ninguém menos, que Bob Marley. Aliás, aproveite para ver o filme “Marley”, que mostra a trajetória dessa lenda que popularizou a história do Reggae no mundo todo.
7 curiosidades para conhecer a história do Reggae
Chegou o momento de descobrir de onde veio a onda de positividade que marcou a história do Reggae. Enquanto isso, ouça uma playlist exclusiva para entrar nesse clima de good vibes. ☮
1. O que significa Reggae?
O Reggae é um estilo musical originalmente jamaicano, mas que tem raízes na cultura africana. Além disso, o gênero mistura elementos de Ska, Mento, Rocksteady, Calipso, Jazz, R&B e Soul.
2. Quem é considerado o fundador do Reggae?
Se você quer saber quem criou o Reggae, o primeiro músico a usar esse nome foi Toots Hibbert. Conhecido como o pai do Reggae, o líder da banda Toots and the Maytals foi um dos pioneiros dessa revolução cultural.
Naturalmente, o nome mais famoso do estilo é Bob Marley, que é visto como o rei do Reggae mundial. Por sinal, ele é um dos grandes responsáveis pelo engajamento da música, já que suas letras inspiram a justiça social, em ritmo de paz e amor.
3. Onde nasceu o Reggae? E como surgiu?
Para saber onde surgiu o Reggae, vamos dar um passeio pelos guetos de Kingston, na Jamaica. Nos anos 1960, muitos artistas já adotavam a filosofia rastafári, incluindo o uso sacramental da Cannabis para “superar” a condição atual.
Em 1970, essa música ganhou fama mundial, o que marcou a “era de ouro do Reggae” com Bob Marley e Jimmy Cliff. Na época, surgiram os principais subgêneros, que são o Reggae Roots e o Ragga (Dancehall).
4. Como aconteceu a história do Reggae no Brasil?
Sabia que temos a “Jamaica brasileira”? Pois bem, São Luís do Maranhão é a nossa capital do Reggae, tendo até um museu temático.
Mas foi no Rio de Janeiro que o ritmo desembarcou oficialmente no país. Isso porque o Jimmy Cliff esteve no Festival Internacional da Canção (FIC), em 1968.
Depois disso, foi a vez de Caetano Veloso gravar a música “Nine out of ten”, em 1972. Apesar de não ser exatamente um Reggae, a canção já tinha alguns compassos do estilo.
Além do Maranhão, o país todo conta com artistas engajados na filosofia Reggae, incluindo Edson Gomes e Gilberto Gil na Bahia. E, voltando ao RJ, ainda temos o Grupo Cultural AfroReggae, que trabalha pela inclusão social por meio de arte e da educação.
E quanto à história do Reggae no Maranhão?
Foi em 1980 que São Luís se tornou a capital do Reggae, mas essa história começa em 1970. Segundo o professor da UFMA, Carlos Benedito Rodrigues da Silva, marinheiros vindos da Jamaica deixavam discos para pagar por serviços nas zonas de prostituição.
A propósito, a pesquisa dele ainda revela as marcas da escravidão do povo africano na América. “As pessoas que foram trazidas escravizadas para o Maranhão e para Jamaica pertenciam aos mesmos grupos”, de acordo com o docente e antropólogo.
Dia Nacional do Reggae
No Brasil, o Dia Nacional do Reggae é celebrado em 11 de maio, na data em que Bob Marley faleceu.
5. Quais as principais características do Reggae?
As letras de Reggae trazem mensagens de esperança, abordando a luta pela justiça social. Bob Marley, por exemplo, denunciava o racismo, a desigualdade e o colonialismo, além de ter um toque de espiritualidade em suas músicas.
Por falar nisso, o Reggae também é chamado de “ritmo de Jah” devido à ligação com a cultura rastafári. De origem judaico-cristã, esse é um movimento religioso e social, embora algumas pessoas encarem como um estilo de vida.
Em termos de musicalidade, o groove do Reggae é tão dançante quanto suave, não é mesmo? Nas guitarras, uma característica marcante é a Ska stroke (Skank), uma técnica para “acentuar” o tal do “tempo fraco”.
Falando nisso, dizem que o nome do estilo vem dos “movimentos” desses riffs: “re” para baixo e “gae” para cima. Já a bateria costuma ser tocada no “terceiro tempo” dos compassos, bem como o contrabaixo tem uma levada de R&B.
Livros e filmes de Reggae
Para conhecer mais sobre o assunto, a Estante Virtual listou 5 filmes e 5 livros que falam da história do Reggae:
Para conhecer mais sobre o assunto, a Estante Virtual listou 5 filmes e 5 livros que falam da história do Reggae:
- Babylon – O filme, de Franco Rosso
- A Magia do Reggae, de Marco Antonio Cardoso
- Marley, de Kevin Macdonald
- Bob Marley, de David Burnett
- Tribo do Reggae – A Era do Ouro do Ritmo no Maranhão, de Beto Matuck
- O Eterno Verão do Reggae, de Carlos Albuquerque
- One Love, de Rick Elgood e Don Letts
- O Futuro é o Começo, de Bob Marley, Cedella Marley e Gerald Hausman
- A Jamaica Brasileira, de Gleyser Azevedo
- Ritmos da Identidade: Mestiçagens e Sincretismos na Cultura do Maranhão, de Carlos Benedito Rodrigues da Silva
6. Quais os tipos de Reggae?
Esses são estilos musicais ligados ao Reggae, direta ou indiretamente:
- African Reggae
- Alternative Reggae
- Calipso
- Dancehall (Ragga ou Raggamuffin)
- Dub
- Forreggae
- Gospel Reggae
- Latin Trap
- Lovers Rock
- Mento
- Moombahton
- Música Africana
- Música Afro-caribenha
- Reggae Fusion
- Reggae Rap
- Reggae Rock
- Reggae Roots
- Reggae-Pop
- Reggaeton
- Rocksteady
- Samba-reggae
- Ska
7. Quais são os maiores nomes do Reggae de todos os tempos?
Com base no ranking do radialista Nick Wall, a Revista Bula listou 20 hinos do Reggae, que são:
- “Exodus”, de Bob Marley & The Wailers
- “Black Woman”, de Judy Mowatt
- “Poor and Needy”, de Misty in Roots
- “Marcus Garvey”, de Burning Spear
- “Valley of Jehosaphat”, de Max Romeo
- “World-a-music”, de Ini Kamoze
- “Picture On The Wall”, de The Natural Ites & The Realistics
- “Babylon Too Rough”, de Gregory Isaacs
- “Freedom Taking Over”, de Groundation
- “Satta Massagana”, de The Abyssinians
- “Flat Foot Hustling”, de Dillinger
- “None Shall Escape The Judgement”, de Johnny Clarke
- “Wisdom”, de Prince Far I
- “Kingdom Rise Kingdom Fall”, de The Wailing Souls
- “Tribal Inna Yard”, de Freddie McKay
- “Niahbingi Tonight”, de Joseph Hill
- “Changing”, de Desi Roots
- “Fisherman”, de The Congos
- “Money Run Tings”, de King General & Bush Chemists
- “Ital Vital”, de Horace Andy