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Volta às aulas nas escolas particulares do DF: 7 em cada 10 professores são contra, diz pesquisa

Por G1 DF

 


Escola particular na Asa Norte, no DF, se prepara para a volta às aulas após a pandemia de coronavírus  — Foto: TV Globo/Reprodução

Escola particular na Asa Norte, no DF, se prepara para a volta às aulas após a pandemia de coronavírus — Foto: TV Globo/Reprodução

Segundo o sindicato, a pesquisa foi respondida por cerca de 1,8 mil professores. Os dados apontam que 69,9% são contra a retomadadurante a pandemia do novo coronavírus e 30,1% são a favor. Conforme o Sinproep, entre os educadores que responderam a pesquisa, 23,62% lecionam na educação infantil e 28,35% no ensino fundamental 1.

7 em cada 10 professores são contra volta às aulas nas escolas particulares do DF
69,9% dos docentes são contra a retomada e 30,1% são a favor
Contra: 69,88 %A favor: 30,12 %

Contra
69,88 %
Fonte: Sinproep-DF

A retomada das atividades foi suspensa, no dia 6 de agosto, pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do DF (TRT-10) Pedro Luís Vicentin Foltran (relembre abaixo). Nesta segunda, o Tribunal Regional do Trabalho do DF (TRT-10), marcou uma nova audiência de conciliação para discutir a retomada das aulas presenciais na rede de ensino particular do DF.

Na semana passada, após seis horas, uma primeira audiência terminou sem acordo. Durante a reunião, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF) chegou a afirmar que as escolas, principalmente de educação infantil, estão passando por dificuldades. Segundo a entidade, já foram 1,5 mil demissões no setor privado.

Impasse na Justiça

As aulas na rede privada foram suspensas em 11 de março, por conta da pandemia do novo coronavírus. O GDF chegou a permitir o retorno das atividades em 27 de julho. No entanto, desde então, decisões judiciais impedem a reabertura das escolas (relembre abaixo).

No entanto, dois dias depois, a decisão dela foi revogada pelo desembargador Pedro Foltrán. Ele atendeu a um recurso do MPT, que argumentou que a retomada das atividades presenciais representa risco aos trabalhadores e aos alunos.

Ao analisar o caso, o magistrado entendeu que “de fato, o retorno presencial das atividades educacionais acarreta não só a exposição dos profissionais de educação, mas também de um número ainda maior de pessoas envolvidas no transporte dos alunos até as instituições de ensino, aumentando, ainda que indiretamente, o nível de contaminação pelo vírus no Distrito Federal”.

Escolas públicas

Profissionais de limpeza continuaram fazendo a manutenção das escolas públicas do DF após suspensão das aulas devido à pandemia — Foto: TV Globo/Reprodução

Profissionais de limpeza continuaram fazendo a manutenção das escolas públicas do DF após suspensão das aulas devido à pandemia — Foto: TV Globo/Reprodução

Nas escolas públicas, as aulas presenciais estavam previstas para serem retomadas a partir de 31 de agosto. No entanto, em 19 de agosto, o GDF anunciou a suspensão da medida por tempo indeterminado, devido ao avanço da pandemia na capital.

A decisão não se estende às escolas particulares. Segundo o secretário de Educação, Leandro Cruz, o governo não fará qualquer recomendação com relação à retomada na rede privada.

“Estamos deixando mais que seja mediada essa relação entre professores, estudantes, famílias e instituições de ensino particulares. Nesse caso, as unidades têm a capacidade para fazer essa mediação após a decisão da Justiça.”

Adaptações: Alexandre Torres
Guará News