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Vistoria aponta falta de acessibilidade na Rodoviária do Plano Piloto

Vistoria aponta falta de acessibilidade na Rodoviária do Plano Piloto

Comissões de defesa das pessoas com deficiência esperam mobilização para enfrentar os problemas encontrados no terminal

Escada rolante da Rodoviária do Plano PilotoDIVULGAÇÃO
Comissões de defesa das pessoas com deficiência estiveram na Rodoviária do Plano Piloto para uma vistoria. O objetivo é fazer um relatório e enviá-lo ao Governo do Distrito Federal (GDF)Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)Defensoria Pública e demais organizações do setor.

A inspeção ocorreu na última quinta-feira (28/9). As comissões esperam que haja uma mobilização para enfrentar os problemas de mobilidade encontrados no terminal, como falta de elevadores suficientes para o acesso de quem depende de cadeira de rodas.

Na ala oeste, mais próxima do Teatro Nacional, nenhum está em operação. Já os da ala leste, ao lado do Conjunto Nacional, funcionam das 8h às 18h, por falta de pessoal. Dessa forma, quem chega cedo ou precisa passar à noite pelo local, fica sem opção, aponta a vistoria.

Além disso, os usuários que precisam de um dos elevadores da Rodoviária são obrigados a disputar o equipamento com ambulantes e comerciantes. Eles o usam para transportar produtos, já que não há elevador de carga, e as escadas rolantes estão desligadas ou funcionando de forma precária. Na estação do Metrô apenas apenas uma das quatro existentes funciona.

“É impossível que, no centro pulsante de Brasília, esse espaço seja negado para as pessoas com dificuldade de mobilidade”, avalia a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados.

“O nosso direito de ir e vir é impedido pela falta de acessibilidade. As condições são sofríveis, e a justificativa da administração da Rodoviária é sempre a mesma, de que estão comprando equipamentos e que não têm pessoal para dar suporte para manter as escadas e os elevadores”, reclama Anna Paula Feminella, cadeirante e representante do Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Outro problema são os banheiros do terminal, sujos e com portas quebradas. Além disso, as pias estão em desconformidade com os padrões de acessibilidade. O banheiro masculino para pessoa com deficiência, da ala leste, está interditado.

Para Ponce de Leon, da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB/DF), a situação é de descaso. “A lei brasileira de inclusão e o estatuto do DF estão sendo feridos, e não vamos admitir que isso aconteça. Estamos aqui para defender os direitos de todos”, pontuou.

Elevador quebrado