Material chegou ao Aeroporto de Brasília na noite desta segunda-feira (3). Segundo governo local, imunizantes serão aplicados em pessoas com comorbidades.
Por Pedro Alves, G1 DF
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News
Lote de vacinas da Pfizer recebida pela Secretaria de Saúde do DF — Foto: SES-DF/Divulgação
Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), as doses serão aplicadas em pessoas com comorbidades. A imunização desse público começa nesta terça-feira (4), por meio de agendamento.
A vacina da farmacêutica norte-americana exige cuidados no armazenamento, já que, em longos períodos, precisa ser mantida a uma temperatura entre -65°C e -80°C.
Vacinas da Pfizer chegam ao Distrito Federal
Segundo a SES-DF, uma análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou que a vacina mantém as propriedade se ficar sob temperatura entre -15°C e -30°C por um período de até duas semanas, e de 2°C e 8°C por até cinco dias.
A Secretaria de Saúde afirma que “o ultracongelador da Rede de Frio Central tem capacidade de 570 litros e consegue armazenar até 40 mil doses de imunizantes”. Ainda de acordo com a pasta, o equipamento pode chegar a -80ºC. Além disso, a Universidade de Brasília (UnB) disponibilizou cinco “ultracongeladores” para manter a vacina.
Freezer de armazenamento na Rede de Frio do DF — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF
Contrato e aplicação
Ao todo, o governo federal assinou contrato para a compra de R$ 100 milhões de doses da Pfizer para entrega ao longo deste ano. Além disso, analisa um novo acordo para adquirir mais R$ 100 milhões de doses.
Nesta primeira remessa, o Brasil recebeu 1 milhão de vacinas da farmacêutica. Dessas, 500 mil foram enviadas apenas às capitais das unidades da federação, por conta dos desafios de armazenamento.
Nesta segunda, o Ministério da Saúde (MS) informou que não vai seguir o intervalo entre a primeira e a segunda doses indicado pela fabricante. A Pfizer orienta que a etapa final seja aplicada 21 dias após a inicial.
Segundo o MS, o prazo no Brasil será de 12 semanas (três meses). Em nota técnica, a pasta informou que o intervalo maior foi recomendado com base em estudos feitos no Reino Unido – o país optou por aumentar o espaçamento no início da campanha de vacinação, por causa da escassez de doses.
“Esta recomendação considerou que a vacinação do maior número possível de pessoas com a primeira dose traria maiores benefícios do ponto de vista de saúde pública, considerando a necessidade de uma resposta rápida frente a pandemia de Covid-19”, diz o ministério.