Totalmente fora de foco. CONFEA patrocina evento sobre maconha

VERDADES SOBRE CONFEA.

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA GASTA 50 MIL REAIS COM EVENTO SOBRE DROGAS

Evento não  apresenta ligação com as funções do conselho, de fiscalização e apoio as categorias

Um olhar mais atento a lista de homologação dos eventos patrocinados pelo CONFEA em 2019/2020 revela a informação difícil de acreditar. Entre os simpósios e congressos que envolvem assuntos pertinentes a área de engenharia e agronomia, há um estranho no ninho. Um evento de interesse científico e de desenvolvimento para estudos “BIOLÓGICOS”: o III CANNABIS COLLOQUIUM, maior evento sobre Cannabis de Minas Gerais em 2020.

Entre os palestrantes, nenhum engenheiro. Nada que consiga elucidar o porquê a atual diretoria achou pertinente gastar 50 mil reais em apoio ao projeto. Uma quantia vultuosa, cinco vezes mais do que foi investido no 1° Seminário Piauense de Avaliações e Perícias, por exemplo. Pra longe do debate ideológico do uso da maconha como droga recreativa – proibido no Brasil – ou como medicamento, a dúvida maior é o que isso traria de benefício para os milhares de membros do conselho, cujo dinheiro foi usado para esses tipos de apoios e patrocínios.

Para os profissionais que acreditam que as verbas estão sendo usadas de forma racional e responsável, a notícia chega como um baque. A atitude surpreendeu negativamente muitos engenheiros credenciados no CREA. O problema não é exclusivamente a falta de foco profissional do atual presidente do órgão, mas, além disso, o uso de dinheiro que podia melhorar a fiscalização federal dos projetos relacionados à Engenharia e a Agronomia – evitando acidentes como Brumadinho – para financiar projetos que não são de interesse pleno do sistema CONFEA. Deve sempre se lembrar que esse não é o objetivo do órgão federal, que vem falhando em suas obrigações legais e apostando em diretrizes que não são de interesse dos engenheiros.