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Retrospectiva 2019: veja as notícias do ano na política do DF

Por G1 DF

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha — Foto: Joel Rodrigues/Agência BrasíliaO governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha — Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha — Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A palavra do ano para a política do Distrito Federal em 2019 é mudança. Em janeiro, o governador Ibaneis Rocha (MDB), que até a campanha do ano passado era uma figura praticamente desconhecida da população da capital, assumiu o Palácio do Buriti.

Na Câmara Legislativa do DF (CLDF), o sentimento de renovação não foi diferente: dos 24 deputados distritais que atuam na Casa, 16 estão no primeiro mandato.

Nos últimos 12 meses, o morador de Brasília passou a conhecer melhor os novos representantes. Desde as declarações polêmicas do governador até o troca-troca de cadeiras na CLDF.

Confira abaixo os principais fatos do ano na política da capital.

Janeiro

Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB)  — Foto: Renato Alves/Agência BrasíliaGovernador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB)  — Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) — Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Três dias após assumir o Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha decretou a criação de três novas regiões administrativas no DF: Arapoanga, Arniqueira e Pôr do Sol/Sol Nascente. No mesmo dia, no entanto, teve que recuar da decisão pois esse tipo de medida só poderia ser feito por meio de projeto de lei apresentado à Câmara Legislativa.

Ainda no primeiro mês de mandato, ele também foi questionado pelas nomeações dos ex-deputados distritais Cristiano Araújo (PSD) e Rogério Ulysses para cargos no governo – já que ambos haviam sido condenados por irregularidades. Após críticas, as nomeações não se concretizaram.

Deputado distrital Rafael Prudente, em foto de arquivo, na CLDF — Foto: Letícia Carvalho/G1

Deputado distrital Rafael Prudente, em foto de arquivo, na CLDF — Foto: Letícia Carvalho/G1

Na CLDF, o deputado Rafael Prudente (MDB) foi eleito presidente da Casa e Cláudio Abrantes (PDT), o líder do governo. Já o distrital Fernando Fernandes (Pros) se licenciou do mandato para assumir a Administração Regional de Ceilândia, deixando a vaga para Telma Rufino (Pros).

Fevereiro

Parque aquático Wet'n Wild — Foto: Matheus Meireles/Divulgação

Parque aquático Wet’n Wild — Foto: Matheus Meireles/Divulgação

No início de fevereiro, Ibaneis afirmou que havia negociações para a instalação de um parque da Disney no DF. A empresa negou a informação e, dias depois, o GDF afirmou que o interesse era, na verdade, do parque Wet’n’ Wild.
Ainda em fevereiro, o governador comprou a mansão mais cara já vendida na capital, por R$ 23 milhões.

Março

No fim de março, o governador confirmou que não pagaria a última parcela do reajuste concedido em 2013 aos servidores públicos. O aumento, que deveria ter sido pago em 2015, ainda não foi quitado – e não há previsão concreta de que isso aconteça.

Abril

Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, em Taguatinga  — Foto: Isabella Calzolari/G1Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, em Taguatinga  — Foto: Isabella Calzolari/G1

Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, em Taguatinga — Foto: Isabella Calzolari/G1

O mês de abril foi marcado por duas polêmicas envolvendo o governador. A primeira foi a tentativa de transferência de parte do GDF para o Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad). Construído para ser a sede do governo local, e inaugurado em 2014, o espaço nunca foi ocupado, por conta de uma série de problemas.

Ibaneis disse que a mudança para o Centrad começaria no dia 12 de abril e manteve a posição até a véspera da data. O Ministério Público, no entanto, acionou o Tribunal de Contas do DF. O governador, então, recuou e decidiu esperar um parecer da Corte sobre o caso.

No mesmo mês, o chefe do Executivos causou polêmica ao decretar a confecção de uma carteira funcional para parentes dele e do vice-governador, Paco Britto (Avante). A medida repercutiu mal e o MP também se manifestou contra. O GDF, então, recuou.

Já na CLDF, o mês de abril foi marcado pela cassação distrital José Gomes (PSB) do mandato do distrital José Gomes (PSB), em primeira instância. O motivo, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), foi abuso do poder econômico.

A Justiça entendeu que, por meio de interlocutores, o parlamentar exigiu votos de funcionários que trabalham na empresa dele.

Maio

Sede do Tribunal de cotnas da União (TCU), em Brasília. — Foto: Divulgação/TCU

Sede do Tribunal de cotnas da União (TCU), em Brasília. — Foto: Divulgação/TCU

Em maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello derrubou uma ordem do Tribunal de Contas da União (TCU)que preocupava o GDF: a que determinava a devolução de R$ 10 bilhões do Fundo Constitucional do DF ao governo federal.

O mês também teve mudança no comando do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), depois que o então diretor-geral, Fabrício Moura, pediu demissão após denúncias ingerência em licitação. O ex-distrital Alírio Neto assumiu o cargo.
Ainda em maio, alguns dias depois, o governador sancionou a lei que extinguiu a Agência de Fiscalização do DF (Agefis) e criou o DF Legal. Já o ex-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, pediu demissão alegando “desalinho” de valores com Ibaneis. Ele foi substituído por Valdetário Monteiro.

Na Câmara Legislativa, o deputado Daniel Donizet (PSDB) se licenciou do mandato para assumir a Administração Regional do Gama, após criticar a então ocupante do cargo. No lugar dele, o mandato passou a ser exercido por Kelly Bolsonaro (Patriota).

No fim de maio, o distrital Robério Negreiros (PSD) foi investigado depois que a assinatura dele apareceu na folha de ponto da Casa, enquanto o parlamentar estava em viagem aos Estados Unidos. Ele negou irregularidades e disse que se tratou de um erro. A investigação acabou arquivada na CLDF.

O deputado distrital Robério Negreiros — Foto: CLDF/Divulgação

O deputado distrital Robério Negreiros — Foto: CLDF/Divulgação

Junho

Em junho, o governador Ibaneis alterou decreto que trata sobre nepotismo no governo local. Com a mudanças, passou a ser permitida a nomeação de parentes em órgãos diferentes. Questionado sobre o texto à época, o governador disse ter “certeza que não fere a lei”.

Um dia antes do início do recesso parlamentar, a Câmara Legislativa aprovou um projeto que alterou a licença-prêmio concedida a servidores da capital e proibiu a conversão desse benefício em pecúnia – valor em dinheiro – no ato da aposentadoria.

Julho

Governador Ibaneis Rocha vai ao Equador para acompanhar jogo do Flamengo — Foto: TV Globo/ReproduçãoGovernador Ibaneis Rocha vai ao Equador para acompanhar jogo do Flamengo — Foto: TV Globo/Reprodução

Governador Ibaneis Rocha vai ao Equador para acompanhar jogo do Flamengo — Foto: TV Globo/Reprodução

No início do segundo semestre, o governador sancionou a lei que extinguiu o DFTrans e passou o sistema de bilhetagem eletrônica para o Banco de Brasília (BRB). Ibaneis também viajou ao Equador, por dois dias, para chefiar a delegação do Flamengo, nas oitavas de final da Copa Libertadores.

Agosto

O mês de agosto começou agitado com uma troca de comando na Polícia Militar: saiu a coronel Sheyla Soares Sampaio, primeira mulher a chefiar a corporação no DF, e entrou o coronel Julian Rocha Pontes, mais alinhado ao secretário de Segurança Anderson Torres.

Em 14 de agosto, foi criada a 32ª região administrativa da capital: Pôr do Sol/Sol Nascente. O governador Ibaneis também se envolveu em brigas públicas que acabaram em polêmica.

Em cerimônia no Palácio do Buriti, ele afirmou que “o TCU não serve para nada”. Já em discussão com o deputado distrital Fábio Felix (Psol), na CLDF, disse: “A Câmara fique à vontade com seus esquerdistas”.

Setembro

O mês de setembro foi marcado por denúncias contra o youtuber eleito deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). No dia 8, uma reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, apresentou diversas pessoas que diziam ter sido vítimas de golpes aplicados pelo parlamentar.

Desde então, problemas com a Justiça eleitoraldívidas judiciais e até uma denúncia por estelionato caíram sobre o deputado. Ele nega todas as acusações.

Outubro

O mês de outubro começou com a criação da 33ª região administrativa do DF: Arniqueira, que está sob o comando da ex-deputada distrital Telma Rufino (Pros). Ela deixou a CLDF depois que Fernando Fernandes (Pros) reassumiu a vaga.

Governador Ibaneis rocha (MDB) após receber alta de hospital — Foto: TV Globo/ReproduçãoGovernador Ibaneis rocha (MDB) após receber alta de hospital — Foto: TV Globo/Reprodução

Governador Ibaneis rocha (MDB) após receber alta de hospital — Foto: TV Globo/Reprodução

No dia 11, o governador Ibaneis deu um susto na família ao sofrer uma queda dentro de casa. Ele foi encontrado pela esposa, Mayara Noronha, desacordado e com um corte na nuca. O chefe do Eecutivo levou 15 pontos, passou a noite em um hospital particular e recebeu alta no dia seguinte.

No último dia do mês, a Câmara Legislativa criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o combate aos crimes de feminicídio. Até o início de dezembro, eram 32 casos, o número mais alto desde a tipificação do crime, em 2015.

Novembro

Uma licitação para a compra de 1,5 tonelada de carne para a vice-governadoria do DF iniciou o mês com polêmica. Estimada em R$ 147 mil, a lista previa a aquisição de itens de luxo como amêndoas, queijos e damascos. No dia 1º de novembro, após críticas, o governador determinou o cancelamento da licitação.

Na CLDF, o deputado distrital Hermeto (MDB), que havia sido indicado como membro titular da CPI do Feminicídio, foi proibido de se aproximar da ex-esposa por acusação de violência doméstica. Ele acabou como suplente na comissão.

No fim de novembro, ao ser questionado sobre o crescimento no número de feminicídios no DF, Ibaneis disse acreditar que “assim como no caso de suicídio, não deveria ter divulgação”. A frase dividiu internautas.

Ainda em novembro, na Câmara Legislativa, uma mudança nas regras internas permitiu a reeleição da Mesa Diretora, que tem mandato de dois anos. Assim, a CLDF pode ficar sob o mesmo comando por todo o mandato parlamentar.

Questionado sobre a repercussão à época, o presidente da Câmara, Rafael Prudente, disse que a medida inclui no DF algo já previsto em outras assembleias legislativas pelo país.

O mês ainda n~çao havia terminado quando, no dia 29 de novembro o governador Ibaneis Rocha se casou com Mayara Noronha, em uma cerimônia para cerca de 30 convidados no Lago Sul. O casal mantém um relacionamento há cerca de três anos. Eles passaram a lua de mel na Itália, onde batizaram o filho e tiveram um encontro com o Papa Francisco.

Ibaneis e Mayara se casam em cerimônia no Lago Sul, em Brasília — Foto: Glenio Dettmar/DivulgaçãoIbaneis e Mayara se casam em cerimônia no Lago Sul, em Brasília — Foto: Glenio Dettmar/Divulgação

Ibaneis e Mayara se casam em cerimônia no Lago Sul, em Brasília — Foto: Glenio Dettmar/Divulgação

Dezembro

No início do mês, a Polícia Civil do DF realizou uma operação para investigar denúncias de “rachadinha” na CLDF. Segundo as apurações, o ex-chefe de gabinete da ex-deputada Telma Rufino comandava um esquema de devolução de parte do salário de comissionados em pelo menos três gabinetes. Conforme a polícia, não há indícios de participação de parlamentares.

Em 12 de dezembro, um dia antes do recesso, os parlamentares analisaram uma série de projetos de lei que devem ser sancionados pelo governador Ibaneis. Um deles prevê a redução na alíquota do IPVA para 2020.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News