Mulheres que levaram menino de 3 anos são soltas e devem usar tornozeleira eletrônica, no DF
Audiência de custódia ocorreu na noite desta quarta-feira (7); criança foi entregue pela avó, em rua de Ceilândia. Suspeitas respondem por subtração de incapaz.
Por G1 DF e TV Globo
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News
Durante a noite, a família ainda divulgou fotos da criança nas redes sociais, pedindo informações. Segundo o padrasto, uma das mulheres que teria levado o menino, ligou para família. A Polícia Militar foi chamada para ajudar nas negociações, e as suspeitas aceitaram devolvê-lo.
A criança foi deixada em um posto da PM, em Taguatinga, e as suspeitas foram presas em flagrante.
O sargento da PM Marcelo Henrique ficou à frente das negociações. “A gente tenta na medida do possível trazer à realidade e convencer as pessoas a voltarem atrás. Se fosse de outra forma, [as mulheres] seriam tratadas como sequestradoras”, disse.
“Estou aliviada”, disse Erika, emocionada. “Só Deus sabe o que eu passei. Não vou desgrudar dele tão cedo.”
Militares que negociaram com mulheres suspeitas de levar criança sem autorização da mãe — Foto: TV Globo/Reprodução
Vendedora ambulante Erika Lorrayne reencontrou o filho nesta terça-feira (7), no DF — Foto: TV Globo/Reprodução
A Justiça do Distrito Federal decidiu soltar as duas mulheres presas por levar uma criança de três anos da avó, em Ceilândia. A dupla, no entanto, deverá usar tornozeleira eletrônica, conforme determinou o juiz durante audiência de custódia, realizada nesta quarta-feira (7).
De acordo com decisão do Judiciário, as mulheres não poderão se aproximar da criança e da família dela. O caso aconteceu na última segunda-feira (5), quando a mãe da vítima, a vendedora ambulante Erika Lorrayne, saiu para trabalhar e deixou o filho com a avó, que, segundo a família, “sofre de problemas psicológicos”.
A avó entregou o neto a duas mulheres que encontrou na rua, que diziam, “querer adotar uma criança” e disseram que levariam o menino “para um passeio”. Além disso, a idosa deu a certidão de nascimento do neto, que só foi resgatado na terça-feira (6), pela Polícia Militar, 24 horas após o desaparecimento.
Durante a audiência de custódia, o juiz ressaltou que a conduta das suspeitas “foi grave”, entretanto, decidiu conceder a liberdade provisória. O caso foi registrado na Polícia Civil como subtração de incapaz (veja detalhes mais abaixo). A pena prevista para esses casos é de até seis anos de prisão.
Desaparecimento
Segundo a mãe da criança, tudo aconteceu por volta de 18h de segunda-feira (5). Foi o padrasto do menino, David Fernandes, quem acionou a polícia após saber do caso.
“A gente foi na quadra onde minha sogra conheceu a mulher, rodamos e não achamos o carro dela. Voltamos para casa, pegamos a documentação e fomos até a delegacia fazer a ocorrência”, contou à reportagem.