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Mulheres que levaram menino de 3 anos são soltas e devem usar tornozeleira eletrônica, no DF

Por G1 DF e TV Globo

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

Durante a noite, a família ainda divulgou fotos da criança nas redes sociais, pedindo informações. Segundo o padrasto, uma das mulheres que teria levado o menino, ligou para família. A Polícia Militar foi chamada para ajudar nas negociações, e as suspeitas aceitaram devolvê-lo.

A criança foi deixada em um posto da PM, em Taguatinga, e as suspeitas foram presas em flagrante.

O sargento da PM Marcelo Henrique ficou à frente das negociações. “A gente tenta na medida do possível trazer à realidade e convencer as pessoas a voltarem atrás. Se fosse de outra forma, [as mulheres] seriam tratadas como sequestradoras”, disse.

“Estou aliviada”, disse Erika, emocionada. “Só Deus sabe o que eu passei. Não vou desgrudar dele tão cedo.”

Militares que negociaram com mulheres suspeitas de levar criança sem autorização da mãe — Foto: TV Globo/Reprodução

Militares que negociaram com mulheres suspeitas de levar criança sem autorização da mãe — Foto: TV Globo/Reprodução

Segundo a polícia, o filho de Erika não se feriu. “A criança estava tranquila, não parecia assutada. Só se deu conta quando viu o padastro chegando”.

Outra versão

Na delegacia, as duas mulheres que levaram o menino contaram que “queriam ajudá-lo”. O delegado-adjunto, à frente do caso, Luiz Henrique Sampaio, disse que está apurando a veracidade dos depoimentos.

“Mas isso não exclui o crime, porque é uma coisa seríssima que precisa passar por chancela judicial. Para a adoção, precisam ser feitam diversas avaliações, passar por uma seleção e fila rígida. Essa adoção clandestina é absolutamente reportável [à polícia].”

“A polícia vai averiguar se, durante esse período, a criança passou por maus-tratos e se sofreu algum tipo de abuso”, disse o delegado.


Vendedora ambulante Erika Lorrayne reencontrou o filho nesta terça-feira (7), no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

Vendedora ambulante Erika Lorrayne reencontrou o filho nesta terça-feira (7), no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

A Justiça do Distrito Federal decidiu soltar as duas mulheres presas por levar uma criança de três anos da avó, em Ceilândia. A dupla, no entanto, deverá usar tornozeleira eletrônica, conforme determinou o juiz durante audiência de custódia, realizada nesta quarta-feira (7).

De acordo com decisão do Judiciário, as mulheres não poderão se aproximar da criança e da família dela. O caso aconteceu na última segunda-feira (5), quando a mãe da vítima, a vendedora ambulante Erika Lorrayne, saiu para trabalhar e deixou o filho com a avó, que, segundo a família, “sofre de problemas psicológicos”.

A avó entregou o neto a duas mulheres que encontrou na rua, que diziam, “querer adotar uma criança” e disseram que levariam o menino “para um passeio”. Além disso, a idosa deu a certidão de nascimento do neto, que só foi resgatado na terça-feira (6), pela Polícia Militar, 24 horas após o desaparecimento.

Durante a audiência de custódia, o juiz ressaltou que a conduta das suspeitas “foi grave”, entretanto, decidiu conceder a liberdade provisória. O caso foi registrado na Polícia Civil como subtração de incapaz (veja detalhes mais abaixo). A pena prevista para esses casos é de até seis anos de prisão.

Desaparecimento

Segundo a mãe da criança, tudo aconteceu por volta de 18h de segunda-feira (5). Foi o padrasto do menino, David Fernandes, quem acionou a polícia após saber do caso.

“A gente foi na quadra onde minha sogra conheceu a mulher, rodamos e não achamos o carro dela. Voltamos para casa, pegamos a documentação e fomos até a delegacia fazer a ocorrência”, contou à reportagem.