Ministro da Saúde declarou também que decisão sobre a vacinação do presidente Jair Bolsonaro é um assunto ‘privado’
3 ABR 2021
Apesar da “ordem” de dispensar o lockdown, de acordo com o que pensa o presidente Jair Bolsonaro, diversas orientações de Queiroga mostram o contraponto no discurso do ministro em relação ao mandatário. Queiroga repetiu o apelo para que a população use máscara de proteção, faça a higiene das mãos, não promova aglomerações e pratique o distanciamento físico.
“Vamos continuar trabalhando e aproveito a oportunidade para nessa época de Páscoa solicitar para cada um dos brasileiros que use as máscaras.
Aproveitem o feriado para não fazer aglomerações, é fundamental, assistimos muitas vezes a população fazendo festas, sem máscaras. Isso não é adequado, precisamos que cada um colabore”, disse o ministro.
Ainda nessa manhã, Bolsonaro fez um passeio junto do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, em Brasília. Sem uma máscara à vista durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente visitou um Centro Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que distribui sopas em Itapoã, no Distrito Federal. No vídeo, Bolsonaro falou com presentes no local, enquanto comia uma sopa, e voltou a criticar medidas adotadas por governadores para incentivar o distanciamento social. “Somos contra o fecha tudo”, disse o presidente.
‘Essa questão do presidente se vacinar é privada, não me falou nada disso’, diz ministro
Na entrevista à imprensa dada nesta manhã, pouco tempo após a saída de Bolsonaro, o ministro foi questionado se o presidente Jair Bolsonaro tomaria ou não a vacina neste sábado. “Essa questão do presidente se vacinar é privada, não me falou nada disso”, afirmou Queiroga, que em diversas vezes afirmou que a campanha de vacinação é prioridade.
“O presidente ligou para mim e falou da questão de usar as Forças Armadas para apoiar a campanha de vacinação, mas ele não me falou se ia se vacinar hoje”, respondeu.