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Ginastas do DF representam país em campeonato mundial na Suíça

Por Mara Puljiz, G1 DF

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News


Atletas de Brasília vão disputar o Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática, na Suíça, em junho. — Foto: Associação de Ginástica Acrobática do DF (Akros-DF)

Atletas de Brasília vão disputar o Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática, na Suíça, em junho. — Foto: Associação de Ginástica Acrobática do DF (Akros-DF)

Cinco adolescentes brasilienses vão representar o Brasil no Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática, que ocorre entre os dias 23 e 29 de junho, em Genebra, na Suíça. A pouco menos de dois meses para a disputa, as ginastas se empenham com treinos diários e muito esforço.

“Estou bem feliz e orgulhosa porque a gente vai mostrar o que a gente tem de melhor. É o meu sonho”, conta Bruna Borges, uma das atletas.

 

A adolescente é uma das mais novas da turma, com 14 anos. Ela é atleta desde 2018, mas esta é a primeira vez que vai participar do mundial, a mais importante competição da modalidade.

Atletas de Brasília vão disputar o Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática, na Suíça, em junho. — Foto: Associação de Ginástica Acrobática do DF (Akros-DF)

Atletas de Brasília vão disputar o Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática, na Suíça, em junho. — Foto: Associação de Ginástica Acrobática do DF (Akros-DF)

Fotos: Clésio /pai de Valentina. Ginasta

Em tempos de pandemia

 

A equipe é formada pelas seguintes competidoras:

  • Beatriz Cristina Galvão Wosiach, 12 anos
  • Isadora dos Santos Silva, 18 anos
  • Mayanna Mariana de Moraes Magno, 16 anos
  • Bruna Borges Menezes, 14 anos
  • Ana Júlia Franceschini Lopes Silveira, 14 anos

 

Na ginástica acrobática, elas precisam ter controle corporal, equilíbrio, força e flexibilidade. Para isso, uma alimentação equilibrada e os treinos diários são importantes. Tudo para fazer os movimentos precisos.

Por conta da pandemia, em 2020, os treinos para as seletivas tiveram que ser feitos virtualmente.

“Foi muito difícil porque tivemos que treinar muito. Ficamos até novembro no [modelo] online, e quando voltamos, gradativamente, foi um esforço para resgatar a autoestima delas, com um treino totalmente adaptado. A psicóloga trabalhou para que ganhassem confiança, que ia dar certo, que ia dar tempo”, lembra a treinadora, Maria Janete Nunes Colognese, precursora da modalidade no DF.

E deu certo. As seletivas também foram pela internet, e as ginastas encaminharam aos juízes da competição vídeos fazendo duas séries: uma estática, com formação em pirâmide, e uma dinâmica, de lançamentos com vôos das ginastas. O resultado do esforço veio com a seleção para o mundial.

Isadora dos Santos Silva tem 18 anos e mora em Ceilândia. Desde criança, ela pratica esportes por causa do pai, que é professor de educação física. A jovem diz que está ansiosa para disputar o campeonato pela primeira vez.

“A gente tem que confiar uma na outra. Tem que ter força. É um conjunto. Tem que ser confiante, corajosa e perseverante”, afirma Isadora.

 

“Ano passado foi bem difícil, tinha dias que a gente desanimava mesmo. O amor que a gente tem pelo esporte, os objetivos, fizeram e fazem a gente seguir em frente”, continua.

Ginastas do DF vão participar do Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática na Suíça, em junho. — Foto: Associação de Ginástica Acrobática do DF (Akros-DF)

Ginastas do DF vão participar do Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática na Suíça, em junho. — Foto: Associação de Ginástica Acrobática do DF (Akros-DF)

Treinos intensos

 

Isadora e as colegas treinam cinco vezes por semana, cinco horas por dia. Para chegar ao local de treinamento, no Setor de Clubes Esportivos Sul, a jovem vai de ônibus até a Rodoviária do Plano Piloto e, de lá, pega carona com uma das meninas.

“Chego em casa umas 20h, 21h, não passa disso. Hoje já acostumei com a rotina, mas antes eu chegava destruída, cansada. Era chegar, tomar banho, comer e dormir”, lembra.

No Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática, as ginastas não podem mesmo deixar que o cansaço tome conta. Afinal, vão enfrentar ginastas de 24 países. Mas a treinadora diz que, se depender da disposição e do talento das brasilienses, o grupo vai longe.

“Elas são muito determinadas e focadas. Vão representar bem o Brasil”, afirma Maria Janete.