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Fecomércio debate políticas públicas para mulheres empreendedoras

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A Câmara de Mulheres Empreendedoras da Fecomércio realizou uma live na quinta-feira (19) para debater sobre o Projeto de Lei nº 967/2020, que cria políticas públicas de incentivo à inserção feminina no setor. A transmissão ao vivo contou com a presença do secretário de Economia, André Clemente.

Clemente exaltou a mulher e citou números. “A importância da mulher na economia é indiscutível”, afirmou. “O êxito do Distrito Federal de registrar um aumento real da economia de 1,1% real mesmo em tempos de pandemia, sem aumentar impostos, é essa preocupação em investir nas pessoas. E isso passa pelas mulheres empreendedoras”, prosseguiu.

“Precisamos olhar para o Orçamento e identificar onde já podemos colher frutos em 2021, onde as mulheres podem ser contempladas com ações efetivas e imediatas.”

A data do debate virtual foi escolhida em comemoração ao Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, instituição criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar a reflexão sobre o papel da mulher nas economias e destacar as conquistas femininas ao longo da sua trajetória como profissionais.

Ações do GDF

O secretário relatou quae o trabalho do GDF na estruturação de uma economia moderna passa pela preocupação com diversas questões abordadas no projeto de lei que foi objeto de discussão na live. “Economia não são só números”, disse. “Nós enxergamos a dimensão humana da nossa cidade. As pessoas são nossos maiores ativos, e temos investido nas pessoas no Distrito Federal”.

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Ele lembrou a força da atuação feminina nas políticas públicas e ações empreendidas por sua pasta. “Por trás de cada ação da nossa secretaria tem uma equipe composta em sua maioria por mulheres altamente qualificadas, que vêm ajudando a realizar grandes entregas em diversas áreas”, exaltou.

Mediadora do encontro, a presidente da Câmara de Mulheres Empreendedoras, Beatriz Guimarães, agradeceu a parceria da Secretaria de Economia na elaboração do projeto de lei e na construção de uma agenda em prol do empreendedorismo feminino.

“Ficamos impressionadas com a sensibilidade do secretário, uma pessoa que acredita no empreendedorismo feminino, que foi parceiro na construção dessa legislação pioneira do Distrito Federal”, disse. “Também ficamos impressionadas com a dimensão da presença de mulheres em áreas disruptivas na secretaria, o que mostra que as mulheres podem ocupar todos os espaços.”

 Pandemia

Uma das participantes do encontro, a pesquisadora Paula Tavares, do Banco Mundial, lembrou que a pandemia de Covid-19 afetou de forma mais profunda os negócios tocados por mulheres e também as profissionais do sexo feminino.

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“Com a crise causada pela pandemia, as mulheres foram mais prejudicadas, perderam seus empregos para cuidar dos filhos e tiveram seus negócios mais impactados, uma vez que historicamente recebem empréstimos a juros mais altos e em menores valores”, apontou a pesquisadora. “Os incentivos trazem um apoio a esse grupo e auxiliam na superação desses obstáculos estruturais.”

Empoderamento

De acordo com pesquisas da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o percentual de mulheres que exercem atividades econômicas e chefiam famílias tem crescido, mas o valor da renda ainda é baixo: em 2015, metade das chefes de família monoparentais do DF recebiam até um salário mínimo.

“Isso só comprova a necessidade de incentivos às mulheres para que possam liderar tais atividades de forma segura, e que isso possa melhorar a qualidade de vida dessas famílias, reduzindo os índices de vulnerabilidade como um todo”, declarou André Clemente.

Empresária e conselheira da Câmara de Mulheres Empreendedoras, Eda Coutinho reforçou a necessidade de capacitação: “É uma causa nobre, que vai ter um impacto muito grande nas mulheres e nas gerações seguintes. Por isso, é importante criar ações que venham logo em seguida em apoio a essas mulheres, como bolsas de estudo, cursos, linhas de crédito. Deve haver uma força conjunta para que isso aconteça, pois não são só as mulheres que vão se beneficiar, mas toda a sociedade brasileira”.

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As conselheiras Renata La Porta e Cláudia Couto destacaram a relevância das ações realizadas pelo GDF com as propostas do projeto de lei. “Hoje, a maioria dos lares é sustentada por mulheres”, frisou Renata. “Quando damos a segurança para a mulher empresário, temos um impacto social formidável”. Cláudia, por sua vez, concluiu: “É um projeto que tem potencial para ser replicado por todo o Brasil e com impactos sociais importantes, inclusive na redução do feminicídio”.

Confira os debates na live.

Com informações da Agência Brasília