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“Ele era nosso amuleto”, diz amigo de jovem assassinado em cachoeira do DF

“Ele era nosso amuleto”, diz amigo de jovem assassinado em cachoeira do DF

Corpo de Amauri Rodrigues de Souza, morto aos 23 anos, é velado no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, nesta quarta-feira (30/9)

ATUALIZADO 30/09/2020 10:17

Amauri Ribeiro, morto em cachoeira do DF
Amigos e familiares de Amauri Rodrigues de Souza, 23 anos, se reúnem nesta quarta-feira (30/9) para se despedir do rapaz, morto com um tiro no abdômen na tarde da última segunda-feira (28/9), em uma cachoeira no Gama. O velório acontece desde as 9h, na capela 9 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ninguém foi preso.

Amauri foi abordado por um assaltante quando saía da Cachoeira 3 Quedas, no Setor Monjolo, com a namorada. Armado, o ladrão teria exigido a bicicleta do rapaz, que a entregou prontamente, segundo a ocorrência policial. Após anunciar o assalto, o homem efetuou o disparo contra a vítima, com uma espingarda calibre .22.

A vítima era estagiário de garçom no restaurante Coco Bambu, em Águas Claras. No cemitério, Wellington Silva, 28 anos, relembra da admiração que tinha pelo companheiro de profissão. “Ele era nosso amuleto. Uma pessoa muito humilde, muito humana”, conta.

Último a ver Amauri no sábado, o que viria a ser o último dia de trabalho do jovem, Wellington recorda da oportunidade em que a humildade do colega nunca esteve tão evidente. “Mesmo mais novo que eu, ele comprou uma barra de chocolate, dividiu e me deu o maior pedaço. Ele disse: ‘Você merece o maior. Agora come, vamos trabalhar que a gente vai ser promovido juntos‘”.

Segundo Felipe, irmão de Amauri, o jovem se formaria neste semestre e contou que seria efetivado no trabalho e seguia firme com o sonho de se tornar chef de cozinha no restaurante onde trabalhava.

Nos últimos dois anos, Amauri trabalhou como aprendiz de garçom. Estava mesmo prestes a ser efetivado, conforme nota de pesar divulgada nessa terça-feira (29/9) pelo estabelecimento.

O texto, assinado pelo sócio diretor do restaurante, Antonio Freire Junior, destaca que Amauri era “um jovem com um futuro promissor” e que seria efetivado como funcionário no estabelecimento “devido a seu desempenho, perfil e potencial”.

No cemitério, amigos e familiares divulgam a foto de um homem considerado por eles suspeito de ter cometido o crime. A 20ª Delegacia de Polícia (Gama) é quem conduz as investigações. À família, resta a esperança por justiça. “Mas certamente é algo que não vamos ter, principalmente neste país em que vivemos. A Justiça vamos deixar para Deus”, concluiu.

Mesmo abalado, Belmiro de Souza, pai de Amauri, diz que ainda acredita que a Justiça será feita.: “Vão pegar quem fez isso com meu filho”.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News