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Cerca de 12 mil alunos do 6°ao 9° ano voltam às aulas presenciais em escolas particulares no DF

Por Luiza Garonce e Walder Galvão, TV Globo e G1 DF

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

Escola em Águas Claras vai reforçar cuidado com os alunos — Foto: Luiza Garonce/TV Globo

Escola em Águas Claras vai reforçar cuidado com os alunos — Foto: Luiza Garonce/TV Globo

volta às aulas presenciais nas escolas particulares do Distrito Federal, nesta segunda-feira (19), foi marcada por uma série de protocolos de segurança, obrigatórios para evitar propagação da Covid-19. Dessa vez, retornaram às atividades os estudantes do ensino fundamental II ( 6° ao 9° ano).

Apesar de ainda não ter divulgado um balanço oficial sobre o retorno, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe-DF) estima que cerca de 12 mil estudantes retornaram aos colégios – que correspondem a 27% dos matriculados.

Pela manhã, em um colégio de Águas Claras, logo na entrada, mochilas, pastas e outros acessórios receberam borrifadas de álcool a 70%. A temperatura corporal também era medida, e as cadeiras foram separadas para que o distanciamento fosse respeitado. Sete tapetes sanitizantes foram espalhados na unidade.

A diretora da escola, Sara Franco, conta que a unidade de ensino vai manter as medidas de segurança que já estavam implementadas e reforçará o cuidado com os novos estudantes.

“Continuaremos medindo a temperatura e mantendo o distanciamento obrigatório. Criamos um livro de registros com protocolos de verificação de temperatura dos alunos e funcionários”, explica.

” Quando alguém estiver acima dos 37,5°C, os responsáveis, como pais e sindicato, são avisados. Com isso, a gente consegue ter um controle e checar com quem tiveram contato.”

 

Sara Franco, diretora de uma escola em Águas Claras, vai reforçar cuidado com alunos — Foto: TV Globo/Reprodução

Sara Franco, diretora de uma escola em Águas Claras, vai reforçar cuidado com alunos — Foto: TV Globo/Reprodução

No dia 21 de setembro, os alunos do ensino fundamental I (1° ao 5° ano) também retornaram às escolas. Agora, com a chegada de mais estudantes, os profissionais da educação se preocupam em manter as medidas de higiene para evitar maior disseminação do novo coronavírus.

A diretora afirma que, como os estudantes mais velhos estavam com saudades dos colegas de classe, há maior dificuldade para que os alunos não troquem abraços e nem compartilhem itens. “O cuidado vai ser reforçado. Os professores vão intensificar o monitoramento”, disse.

Retorno gradual

 

As aulas no Distrito Federal foram suspensas no dia 11 de março, devido à pandemia do novo coronavírus. Atualmente, apenas as escolas particulares voltaram à ativa. Nas unidades públicas, a Secretaria de Educação divulgou que as atividades presenciais serão retomadas em 2021.

No sistema privado de ensino, foi estabelecido um cronograma para que a volta pudesse ocorrer. Os alunos do ensino médio devem retornar na próxima segunda-feira (26). A expectativa do Sinepe é de que 9 mil dos 28 mil estudantes retornem nessa nova etapa.

Veja calendário de retorno para escolas particulares do DF:

  • 21 de setembro: educação infantil e ensino fundamental I
  • 19 de outubro: ensino fundamental II
  • 26 de outubro: ensino médio e profissionalizante

    Cuidados

     

    O infectologista Julival Ribeiro, do Hospital de Base do Distrito Federal, ressalta que, nesse momento, os pais devem ficar atentos aos filhos. “Caso uma criança apresente qualquer sintoma, como febre, dor de garganta ou tosse, ela não poderá ir à escola”, frisou.

    Em relação ao transporte de alunos, o especialista alerta que todos devem usar máscara de proteção facial, manter o distanciamento social, além da higienização da mão.

    Julival aconselha que, tanto no transporte escolar, como nas dependências dos colégios, é importante manter sempre o mesmo grupo de estudantes e profissionais.

    Escola de Águas Claras mede temperatura e fornece álcool em gel para os alunos — Foto: Luiza Garonce/TV Globo

    Escola de Águas Claras mede temperatura e fornece álcool em gel para os alunos — Foto: Luiza Garonce/TV Globo

    Essa medida mantém o controle. Caso tenha algum infectado, a escola não precisará ser fechada e somente a turma poderá ser afastada”, afirmou o infectologista.

    Orientações

     

    O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe), Álvaro Domingues, explica que, na primeira etapa, 30% do total de estudantes retornaram às aulas. De acordo com ele, a volta é opcional e que o ensino à distância ainda é uma opção para todos.

    “Nossa estimativa é de que as escolas farão uma retomada presencial de forma segura e administrada. Todos casos de contaminações serão encaminhados ao serviço médico, e as famílias serão orientadas acerca dessas ocorrências”, disse.

     

    Álvaro pede que, em caso de sintomas da doença, a comunidade escolar seja avisada. Além disso, os pais que tiverem filhos com algum sinal da Covid-19, devem mantê-los na residência.

    Regras

     

    Para o retorno às aulas presenciais, as escolas devem adotar o seguinte protocolo de proteção:

    • Fornecimento de luvas descartáveis, protetores faciais (face shields), aventais e outros aparatos necessários para os professores, instrutores e demais profissionais que trabalhem diretamente com alunos da educação infantil;
    • Uso de gorros e jalecos nas situações de alimentação e contato direto com as crianças;
    • Exigência o uso dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) necessários aos trabalhadores (empregados diretos ou terceirizados) obrigatórios para cada tipo de atividade, principalmente para atividades de limpeza, retirada e troca do lixo, manuseio e manipulação de alimentos ou livros e aferição de temperatura;
    • Fornecimento, pelos empregadores, de máscaras aos empregados, adequadas aos graus de risco de contaminação a que o trabalhador estiver exposto e em quantitativo suficiente e que atenda à limitação do período de uso da máscara;
    • Limitação máxima de 50% do contingente de alunos por sala em aulas presenciais, respeitada metade do limite máximo de ocupação do espaço de cada sala, nos termos da legislação educacional e o distanciamento de 1,5 metro entre os alunos;
    • Afastamento imediato de trabalhadores e alunos infectados até a plena recuperação;
    • Afastamento imediato de trabalhadores e alunos infectados ou que apresentem sintomas da Covid-19 até que se submetam a exame específico que ateste ou não a contaminação.