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CEB privatizada. Com lance de R$ 2,51 bi, Bahia Geração de Energia vence leilão

Privatização realizada, uma nova gestão

O leilão da CEB Distribuição ocorreu na Bolsa de Valores de São Paulo e três empresas participaram

ATUALIZADO 04/12/2020 9:33

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

Leilão CEB
A empresa Bahia Geração de Energia, do Grupo Neoenergia, apresentou proposta de R$ 2,515 bilhões e comprou a CEB Distribuição. O leilão ocorreu na manhã desta sexta-feira (4/12), na Bolsa de Valores de São Paulo.Outras duas concorrentes disputaram o controle acionário da estatal responsável por levar energia a 1 milhão de consumidores no Distrito Federal. A CPFL Energia propôs R$ 2,508 bilhões pela CEB Distribuição e a Equatorial deu lance de R$ 1,485 bilhão. Após o fim das propostas, aconteceu a cerimônia de batida do martelo, que concretizou o resultado.

O valor alcançado no leilão é o mesmo estimado pelo Governo do DF, de R$ 2,5 bilhões. O preço mínimo para compra da CEB Distribuição era R$ 1,4 bilhão.

O leilão da CEB Distribuição foi realizado mesmo após a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Fátima Rafael conceder liminar para suspender o processo de venda sem prévia legislação autorizativa. A decisão foi assinada às 22h31 dessa quinta-feira (3/12).

Após o fim do leilão, o presidente da CEB, Edison Garcia, disse que a venda da subsidiária é um “processo histórico”: “É a privatização com maior ágio e maior número nominal de venda”.

Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDEs), Gustavo Montezano afirmou que a privatização vai levar investimentos de R$ 5 bilhões para o Distrito Federal. “Esse recurso vai gerar obra, investimento e aliviar o caixa do Estado, tão apertado neste momento de pandemia”, pontuou.

Montezano defendeu a privatização: “Essa é uma mostra contundente de que a desestatização é o caminho para o crescimento sustentável do Brasil”.

Como será

Depois de finalizado o leilão, o nome da vencedora será submetido à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Aneel precisa dar anuência para a mudança no controle acionário em razão do contrato de concessão da distribuidora com a agência.

Após a análise da Aneel, se aprovada, a empresa ganhadora deverá assinar um contrato de compra e venda com a CEB. Encerrada essa etapa, o dinheiro referente ao leilão será enviado para a holding. Os acionistas vão decidir o destino do montante, que pode ser, por exemplo, divisão entre os próprios acionistas ou para investimentos. O GDF deve ser beneficiado, já que é o sócio majoritário da companhia.