Pular para o conteúdo
Início » Atenção do GDF e secretaria de educação insere na MAB projeto “Borboletando”aos alunos especiais

Atenção do GDF e secretaria de educação insere na MAB projeto “Borboletando”aos alunos especiais

Atenção do GDF e secretaria de educação insere na MAB projeto “Borboletando”aos alunos especiais

Guará DF, 23 de novembro de 2023

Para o Guará News

Alexandre Torres

 

 

 

Estudantes da rede pública de ensino participaram da obra de arte do projeto Borboletando, que vai ficar exposta no museu até fevereiro

Até o dia 27 de novembro, cerca de 250 alunos com deficiência das escolas públicas do Distrito Federal estão visitando a obra de arte do projeto Borboletando, no Museu de Arte de Brasília (MAB). Nesta quarta-feira (22), foi a vez dos estudantes do Centro de Ensino Especial 01 de Planaltina. Além de visitantes, as crianças, jovens e adultos do ensino especial são também coautores da obra.

O projeto foi desenvolvido ao longo de 22 oficinas ministradas pelo artista plástico italiano Flavio Marzadro e pela ceramista Geusa Joseph. Juntos, eles realizaram oficinas de cerâmica em cinco escolas públicas voltadas para pessoas com deficiência (PcD), em uma ação de acolhimento e diversidade. O resultado foi uma escultura de três metros de altura e mais de mil borboletas de cerâmica que ficará exposta no MAB até o dia 28 de fevereiro de 2024.

Nesta quarta (22), os estudantes do Centro de Ensino Especial 01 de Planaltina visitaram a obra de arte do projeto Borboletando, no MAB | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“A escultura representa o sonho e a criatividade desses jovens e adultos, as borboletas representam as ideias, a superação e a possibilidade de cada um. E quase ninguém dá essa dignidade e visibilidade para esse grupo de pessoas especiais. E nada mais justo do que trazê-los para o museu para verem a obra de arte que eles ajudaram a construir”, destaca Flavio Marzadro.

A iniciativa contou com o aporte de quase R$ 100 mil do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), que possibilitou a construção de um projeto inclusivo em todas as etapas, desde a construção até a exposição, e os visitantes contam com acessibilidade em libras, audiodescrição, monitores para auxiliar nas dificuldades de locomoção e transporte para levar os participantes ao MAB. A obra oferece recursos de acessibilidade como audiodescrição via QR Code e placa em braile.

“Graças ao FAC conseguimos trazer esse projeto para as escolas públicas do DF, deixar para eles a mensagem que podem também fazer e ter acesso a arte. Precisamos contar com esses recursos para trazer entretenimento e diversificação para as instituições de ensino. Foi uma verba muito importante, sem ela não poderíamos executar o projeto”, destaca a ceramista Geusa Joseph.

Arte inclusiva

Josemar de Lacerda, 54 anos, aluno do CEE 01 de Planaltina, coautor da obra

As mais de mil borboletas presentes na obra de arte foram confeccionadas por pessoas com deficiências, seja por comorbidades, mobilidade ou neuro divergências. O aluno do CEE 01 de Planaltina Josemar de Lacerda, 54 anos, era um dos mais animados em fazer parte do projeto de arte inclusiva. “Isso é arte, a cultura merece, fiz duas borboletas”, diz o estudante com deficiência intelectual.

Coordenadora do ensino especial de Planaltina, Yara Cristina: “Os alunos são discriminados por serem especiais. Não são todos que dão esse amparo e quando eles são convidados a participarem desses momentos ricos que envolvem o pedagógico e a cultura, eles passam a se sentir parte da sociedade, vivos, presentes e amados”

Para a coordenadora do ensino especial de Planaltina, Yara Cristina, o projeto foi uma oportunidade para os alunos especiais terem acesso à arte e desenvolverem suas habilidades. “É uma riqueza. Os alunos são discriminados por serem especiais. Não são todos que dão esse amparo e quando eles são convidados a participarem desses momentos ricos que envolvem o pedagógico e a cultura, eles passam a se sentir parte da sociedade, vivos, presentes e amados”, relata.

Coautores da obra estão também os alunos dos Centros de Ensino Especial 01 do Gama, de Planaltina, do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL-LP), do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV), além da Escola Bilíngue de Taguatinga e do projeto social De Olho no Lance.