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Armas foram encontradas no apt. Companheiro de mulher que pediu socorro por bilhete nega cárcere

Em depoimento, ele afirmou que suposta vítima sofre de esquizofrenia. Homem também disse que não fez ameaças nem agrediu a mulher

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

em bilhete, mulher vítima de violência pede ajuda da PMDF

Divulgação/PMDF

O homem acusado de ameaçar a companheira e mantê-la em cárcere privado em um apartamento da 316 Norte, em Brasília, negou as agressões em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele foi levado à delegacia após a mulher pedir socorro à Polícia Militar do DF (PMDF)usando um bilhete por debaixo da porta.

A mensagem dizia: “Estou trancada! Aqui está cheio de arma! Hoje já houve agressão! Ele tem problemas psiquiátricos também!”. Segundo a companheira, o homem mantinha armas em casa e as usava para ameaçá-la e impedi-la de sair do imóvel.

O homem declarou que, apesar de acusado de ter problemas psiquiátricos, é a mulher quem sofre de esquizofrenia. O quadro teria piorado desde que o filho dela se mudou para a Bahia, com o pai, que tem a guarda da criança. Também afirmou que a mulher se recusa a tomar remédios para controlar o quadro de saúde porque acha que assim ficará “boa” para recuperar a guarda do garoto.

No dia anterior ao pedido de socorro, ela teria sido atendida no Hospital de Base do Distrito Federal, após um surto. Na versão do homem, a companheira foi encaminhada ao Hospital São Vicente de Paulo, mas no meio do caminho se recusou a ir à unidade de saúde.

Sobre as acusações de cárcere privado, alegou que escondeu as chaves da casa por medo de que a mulher fosse embora levando-as do apartamento consigo. Em relação às armas de airsoft e simulacros, afirmou que tem nota fiscal e que as guarda em casa, mas não as usou para ameaçar a companheira.

Divulgação/PCDFhomem armado mantém mulher em cárcere privado no DFArmas encontradas no apartamento

O caso

Na terça-feira (29/6), o Centro de Operações Policiais Militares (Copom) da PMDF recebeu um pedido de socorro. Ao chegar à casa, ninguém atendeu aos chamados da equipe na porta. Após algumas tentativas de contato, um bilhete foi colocado por baixo da porta com a seguinte mensagem: “Estou trancada! Aqui está cheio de arma! Hoje já houve agressão! Ele tem problemas psiquiátricos também!”.

Em seguida, os policiais desencadearam a Operação Gerente. Um agente especialista em negociação e o Batalhão de Operações Especiais (Bope)foram acionados, no intuito de libertar a vítima. As equipes do 3º Batalhão continuaram tentando estabelecer contato, até que um homem apareceu na porta.

De acordo com a PMDF, ele insistiu que estava tudo bem, mas não queria que os policiais vissem a mulher, alegando que ela estava deitada. Diante da situação, os policiais entraram na casa e depois conduziram o homem à delegacia.

A mulher estava no sofá e indicou onde o homem mantinha várias armas – que, segundo ela, eram usadas para ameaçá-la, caso tentasse sair ou entrar em contato com alguém. Os objetos apreendidos eram simulacros de armas de fogo e airsoft.

Após as oitivas, a PCDF entendeu que não houve elementos para se decretar a prisão em flagrante e liberou o homem.