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Aglomerações e proliferação do vírus em ambientes assim. PM e DF Legal acabam com festa que duraria 4 dias em hotel-fazenda do DF

Evento já havia sido denunciado e duraria até domingo (3/1). Local foi interditado e multado pela Secretaria DF Legal

 02/01/2021 10:13

ação da PM
PMDF/DIVULGAÇÃO
Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), juntamente da Secretaria de Proteção à Ordem Urbanística (DF Legal), dispersou, no início da noite desta sexta-feira (1º/1), a festa de Ano-Novo que prometia durar quatro dias, em um hotel-fazenda na área rural do Gama.

A ação da corporação ocorreu poucas horas após a divulgação de imagens do local, durante a virada do ano. Os registros mostram o desrespeito aos protocolos sanitários de combate à Covid-19: centenas de pessoas se aglomeraram sem máscara de proteção.

De acordo com a PM, cerca de 300 pessoas estavam no hotel durante a abordagem. Fiscais da Secretaria DF Legal verificaram que o local não tinha autorização para funcionar depois das 18h.

O evento foi evacuado sem transtornos e a hospedaria foi interditada. Aplicou-se uma multa de mais de R$ 30 mil ao estabelecimento. Os fiscais descobriram ainda que a administração do hotel apresentou declaração falsa para conseguir o alvará da festa.

Nas redes sociais, a festa foi divulgada em setembro; como justificativa, alegou-se a expectativa de que eventos no Distrito Federal fossem liberados parcialmente, até o fim do ano. De fato, os eventos corporativos chegaram a ser liberados, mas festas continuam proibidas.

Mesmo assim, ao longo dos últimos meses, a Brave continuou com a propaganda. No total, 19 DJs de todo o país estavam confirmados para animar a rave de manhã, à tarde e à noite. Até mesmo piscinas eram utilizadas, o que praticamente impossibilita o uso de máscara de proteção facial.

Após o início das comemorações, a conta do Instagram da festa foi excluída. É possível, no entanto, ver frequentadores da Brave postando fotos de um local.

Procurados em dezembro, os responsáveis informaram que estavam “cientes das proibições do poder público” durante a pandemia. Ao se defenderem, argumentaram que o hotel-fazenda possui “25 quartos apenas, e as atividades estão disponíveis para esses participantes e outros que adquirirem o day use do clube”.

Ainda segundo os organizadores da Brave, “o hotel respeita os decretos vigentes e não realizará nenhuma atividade em local fechado”. Os promotores garantiram ainda que “as normas de segurança e higiene sempre foram respeitadas” e que não haverá “nenhuma atividade na madrugada”.

Nesta sexta-feira (1º/1), a reportagem tentou novamente contato com a produção do evento, perguntando sobre as imagens, e não obteve resposta até a publicação da matéria.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News