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Aglomerações continuam no DF.

Festas duram todo o fim de semana e contam com a presença de vários convidados. Morador se identifica como professor da UnB

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News

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Noites mal dormidas e fins de semana sem descanso: moradores da 714 Norte reclamam de casos frequentes de aglomeração, com perturbação do sossego, em um apartamento do Bloco G, na sobreloja.
Segundo vizinhos, as festas começam toda sexta-feira, após às 22h; aos sábados e domingos, geralmente, após as 17h, podendo chegar a emendar os dias. Nas ocasiões, há sempre a presença de muitas pessoas na cobertura do apartamento e música alta, chegando aos ouvidos de quem mora em prédios próximos.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada neste fim de semana e direcionou a ocorrência para o DF Legal. No entanto, ainda segundo a vizinhança, o morador do local onde ocorrem os eventos se identifica como professor da Universidade de Brasília (UnB) todas as vezes em que a fiscalização comparece ao prédio e afirma que se reúne apenas com poucos orientandos.

“Os participantes desligam o som e apagam as luzes sempre que percebem a presença dos agentes públicos”, assegurou uma testemunha, que preferiu não se identificar.

Os moradores da quadra mostram-se preocupados não apenas com a impossibilidade de dormir durante os fins de semana, mas também com os perigos da aglomeração.

“Ele montou na cobertura uma verdadeira boate. É uma questão de saúde pública e perturbação”, revoltou-se outro residente. “Meu sogro está na UTI exatamente por conta de pessoas com esse tipo de comportamento. Estou exercendo meu direito como cidadão ao denunciar”, acrescentou.

Uma moradora descreveu as festas como “tumulto”. “É complicado. Muita gente falando alto, gritando, com o som no máximo”, queixou-se.

Diligências

Secretaria DF Legal informou que esteve duas vezes no local após receber denúncia da comunidade. Na primeira oportunidade, não identificou-se a existência de evento pago, ou seja, com a cobrança de ingresso. Na segunda diligência, tratava-se de uma festa particular.

O atual decreto do GDF não prevê a aplicação de multas nesses casos. Entretanto, a pasta informou que se reunirá com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que faz parte da força-tarefa de combate à Covid-19 para fazer diligências no endereço com o objetivo de medir os limites de emissão sonora, além do horário, estabelecido em lei (nº 4.090/2008), para festas em áreas residenciais.

Em nota, a UnB alegou não ter conseguido contanto com o docente. Ressalta, porém, que desconhece os fatos reportados, sendo esses de foro pessoal dos envolvidos.

“Ressaltamos que as atividades acadêmicas desse semestre estão sendo realizadas de modo remoto, com atividades síncronas e assíncronas, conforme estabelece a resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB”, completou a instituição.