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As chuvas estão perto de chegar, e a atenção e prevenção contra a Dengue tem que ser intensificada

As chuvas estão perto de chegar, e a atenção e prevenção contra a Dengue tem que ser intensificada

Guará DF, 27 de setembro de 2024

Para o Guará News

Alexandre Torres

 

 

 

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito que costuma picar durante o dia (no início da manhã ou no final da tarde) e se multiplica em locais onde tem água parada. Ele vive dentro das casas e ao redor de residências, como em quintais e calçadas, por isso os cuidados precisam ser contínuos.
Existem quatro tipos diferente desse vírus (DENV-1, 2, 3 e 4) e a infecção gera imunidade permanente – mas apenas contra um deles. Ou seja, é possível pegar dengue mais de uma vez. Além disso, dengue é uma arbovirose que pode afetar crianças e adultos. Pessoas com doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, além de mulheres grávidas, crianças de até 2 anos e pessoas maiores de 65 anos têm maior risco de desenvolver complicações pela doença.
A maioria dos casos é assintomático, ou seja, não apresenta sintomas. No entanto, ao desenvolver os primeiros sintomas, é preciso buscar atendimento médico para orientar a conduta.

Sintomas

Em adultos, a primeira manifestação é febre entre 39°C a 40°C de início rápido, associada a:

  • Dor de cabeça;
  • Cansaço e mal-estar;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dores no corpo, nas juntas e atrás dos olhos;
  • Manchas vermelhas no corpo que podem coçar.

Na dengue mais grave, depois do terceiro dia da doença, quando a febre começa a diminuir, costumam aparecer:

 

  • Sinais de hemorragia, como sangramento no nariz e na gengiva;
  • Rompimento de vasos superficiais da pele (hematomas).

 

Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.

 

Diagnóstico

Não há necessidade de fazer exames específicos para diagnosticar a doença, já que o reconhecimento é baseado nas manifestações clínicas apresentadas pelo indivíduo. No entanto, para apoiar o diagnóstico clínico podem ser realizados exames laboratoriais até o 5° dia de início da doença para identificação do vírus, além de pesquisa de anticorpos a partir do 6° dia de início da doença.

 

Prevenção

A vacina contra dengue entrou no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024. A Qdenga conta com um esquema de duas doses, que devem ser tomadas em um intervalo de três meses. Ela pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos de idade. Após o contágio pelo vírus da dengue, é recomendado esperar seis meses para tomar o imunizante.
No planejamento inicial da campanha no SUS, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são os primeiros contemplados para receber a vacina.
Embora exista a vacina contra a doença, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue e também de outras arboviroses urbanas como a chikungunya e zika.
Além das ações realizadas por agentes de saúde, medidas preventivas devem ser adotadas pela população, durante todo ano. São elas:

  • utilizar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
  • remover recipientes com água parada, onde o mosquito deposita os ovos e se reproduz, como bandejas de ar-condicionado, calhas, pratos de vasos de plantas;
  • vedar reservatórios e caixas de água;
  • desentupir calhas, lajes e ralos;
  • manter os ambientes livres de lixo e ter cuidado ao guardar materiais como garrafas, pneus, e até vasos sanitários sem uso;
  • participar na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Tratamento

Não existe um medicamento específico para tratar a dengue. Repousar e tomar muito líquido para evitar a desidratação são medidas importantes para aliviar os sintomas.
Além disso, não é recomendado tomar remédios por conta própria. O uso de medicamentos compostos por ácido acetilsalicílico, como aspirina, Melhoral, AAS e de anti-inflamatórios como diclofenaco, nimesulida e ibuprofeno, podem aumentar o risco de sangramentos.
Não se esqueça, casos de dengue ou suspeitos precisam de orientação médica.

 

Transmissão

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, quando o inseto carrega um dos quatro sorotipos do vírus. O Aedes é um mosquito que vive em áreas urbanas, principalmente as mais povoadas. É nesse tipo de lugar que o mosquito encontra condições ideais para se proliferar. Além disso, por causa do calor e das chuvas, que facilitam sua reprodução, ele se multiplica no verão.

Pastas de Meio Ambiente e de Saúde do DF firmarão cooperação para uso de tecnologia no combate à doença

As Secretarias de Meio Ambiente (Sema-DF) e de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) deram início às reuniões técnicas para a assinatura de um acordo de cooperação técnica, nesta quinta-feira (26), que visa unir esforços no aprimoramento da governança de dados geoespaciais de e inteligência espacial para o combate à dengue na capital. O objetivo é utilizar o Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia) como plataforma para a prevenção e combate à dengue.

Ações como mapear e monitorar áreas de risco, coletar dados com aplicativos móveis para vistorias e fiscalização, gestão de equipes em campo, entre outras, foram colocadas na mesa como ferramentas de grande valor para a gestão da saúde pública.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, o Sisdia apoiará ações da Secretaria de Saúde no combate à dengue. “Essa parceria vai nos permitir unir informações ambientais com dados epidemiológicos, otimizando as estratégias de prevenção e controle do mosquito transmissor”, afirmou.

Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a integração de dados e ações entre as duas secretarias é essencial para uma abordagem mais eficaz. “Ao aliar o conhecimento geográfico e ambiental da Secretaria de Meio Ambiente com as informações epidemiológicas da Saúde, podemos atuar de forma mais precisa, efetiva e célere no combate à dengue”, destacou.

*Com informações da Sema-DF

 

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader