Pular para o conteúdo
Início » Violência em pontos já conhecidos não param. Homem é baleado, bate carro em poste e morre no DF

Violência em pontos já conhecidos não param. Homem é baleado, bate carro em poste e morre no DF

Homem é baleado, bate carro em poste e morre no DF

rime ocorreu na CSG 14, em Taguatinga, por volta das 21h30 de quarta-feira (16/10/2019)

Hugo Barreto/MetrópolesHUGO BARRETO/METRÓPOLES

Um homem morreu na noite dessa quarta-feira (16/10/2019) depois de ser atingido por tiros enquanto dirigia. Ferida, a vítima perdeu o controle da direção e bateu em um poste.

O crime ocorreu na CSG 14, atrás do Motel Playtime, em Taguatinga. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), chegou ao conhecimento da corporação, por meio do 190, que uma pessoa teria batido o carro no poste após ser alvejada.

Uma viatura do 2º Batalhão da PM esteve no local e, logo depois, a equipe informou que se tratava de assassinato. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e atestou o óbito. A Polícia Civil (PCDF) assumiu o caso. A vítima não tinha passagens pela polícia.

A região onde ocorreu o crime é conhecida por ser ponto de prostituição. Uma quadrilha formada por travestis negocia programas sexuais, rende vítimas e comete roubos e extorsões no Distrito Federal na mesma área. Os principais alvos são homens que procuram sexo rápido e sigiloso na região conhecida por abrigar pontos de prostituição em Taguatinga Sul, próximo à fábrica da Coca-Cola. O bando chega a faturar entre R$ 10 e R$ 12 mil em cada ação, sempre operando máquinas de crédito e débito. Os equipamentos são usados para passar os cartões das vítimas.

O local foi também palco de um crime bárbaro, em 26 de janeiro de 2018. A travesti Ágatha Lios, 23 anos, foi assassinada dentro de uma agência dos Correios, próximo ao local onde ela costumava fazer ponto. Registrada como Wilson Julio Suzuki Júnior, Ágatha foi executada a golpes de facão. Filmado pelas câmeras de segurança, o assassinato, segundo testemunhas, foi motivado por inveja, vingança e disputa por ponto de prostituição.

Onda de violência

Motoristas de aplicativos executados de forma brutal, morte em posto de combustível, latrocínio na porta de supermercado, feminicídios e padre estrangulado no quintal da igreja. A onda de assassinatos registrados na capital do país nos últimos dias tem assustado a população e levou até o governador Ibaneis Rocha (MDB) a pedir desculpas pela crescente violência.

A sensação de insegurança é corroborada por estatísticas oficiais: em setembro deste ano, ocorreram 34 assassinatos. O número representa 21% de casos a mais do que o registrado no mesmo período de 2018, quando 28 vidas foram tiradas de forma violenta. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do DF e contemplam homicídios e latrocínios. O mês de outubro só está na metade e já computa diversos episódios bárbaros.

Os mais recentes ocorreram no último fim de semana. O corpo de Henrique Fabiano Dias Coelho foi encontrado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) na madrugada de domingo (13/10/2019) e o de Tiego Cavalcante na sexta-feira (11/10/2019), em Samambaia. Os dois eram condutores de appsde corrida de passageiros.

Adaptações: Alexandre Torres

Guará News